quinta-feira, 28 de março de 2013

RECICLANDO HÁBITOS - 21 tipos de Professores, quem nunca se deparou com um deles?



Desde que oficialmente me tornei Professor (agosto de 2001) tive a oportunidade de trabalhar com inúmeros Professores e Acadêmicos, essa não tão longa jornada me fez perceber o quão diferentes são as pessoas e como a forma de agir pode torna-las um sucesso ou fracasso no decorrer do tempo.

Uma das grandes dificuldades que se apresentaram imediatamente foi a necessidade de interagir com pessoas que não falavam minha língua, o Geólogo parece ter a sina de ser um solitário, talvez por falar um idioma, o Geologuês, só conhecido por cada vez mais rarissimos seres que se consideram sobre-humanos.

Era tão estranho entrar na sala dos Professores e ter que conversar sobre formação de alunos, no curso que eu estudei isso nunca acontecia, as reuniões de Departamento serviam apenas para definir quem ministraria tal disciplina, ao final cada grupo de Professores saia falando mau do outro grupo,o que parece ser ainda muito comum em algumas Universidades e Faculdades.

Agora eu precisava aprender a trabalhar com pessoas (era bem mais fácil trabalhar com as rochas), era preciso ser alem de Geólogo, Psicologo, Advogado, Médico e as vezes até Professor!!!

Aí eu tive a brilhante ideia (pelo menos eu a considerava na época) de observar o espaço e ver como as pessoas interagiam, de lembrar como agiam meus Professores e passar a identificar o que cada um deles tinha de melhor para passar a fazer como eles.

Quantas descobertas...como as pessoas podem ser tão diferentes!

Vou passar a descrever alguns comportamentos, reflitam se lhes lembra alguem:

PROFESSORES:
1) O Professor reclamão - Sentar ao lado deste é terrivel, você pode perder minutos preciosos ouvindo o mesmo reclamar do salario, dos alunos, dos chefes, do trânsito, do tempo, evite-o!

Quer conhecer os outros 20 tipos de professores? Então clique aqui


Saudações Geológicas
Prof. Elias Santos Junior
Manaus - Amazonas - Brasil

terça-feira, 19 de março de 2013

ARTIGO: ESTUDO INTEGRADO PARA MAPEAMENTO DE FRAGMENTOS DE ROCHAS E AVALIAÇÃO DE CENÁRIO FUTURO DE EROSÃO PARA PROJETO DE ATERRAMENTO DE DUTOS EM TRAVESSIA DO RIO SÃO FRANCISCO


Autores: Jamile Dehaini1,3; Elias Vicente da Cruz Santos Júnior1,2
1Escola de Ciências Exatas e Tecnologia do UniNorte - Laureate International Universities;
2AMAZONGEO Geologia e Meio Ambiente
3HIDROGEOFÍSICA

INTRODUÇÃO:
O estudo apresentado constitui-se da análise de resultados de um levantamento de dados realizado para projeto de lançamento de cabos de fibras ópticas, em trecho ao longo da travessia do Rio São Francisco, localizado há aproximadamente 200m da foz.

(a)                                                            (b)
Figura 1 – Localização da área de estudo. (a) Localização geográfica; (b) Situação local com a indicação dos trechos existentes entre as ilhas fluviais. (fonte: CHD, 2011)

Os objetivos estabelecidos foram de determinar a possibilidade de ocorrências rochosas de alta resistência geomecânica que dificultariam a abertura da trincheira no leito do rio como também avaliar a dinâmica hidro-sedimentológica em função de poder expor o cabo e, consequentemente, causar algum prejuízo à previsão de vida útil do cabo. 

Os resultados apresentados são constituídos a partir dos levantamentos hidrográfico (posto de régua e estação fluviométrica da ANA), geofísico (sísmica rasa de alta resolução com DGPS), meteoceanográfico (medição de direção do vento, medição de nível e velocidade de corrente d’água), batimetria com DGPS e amostragem sedimentológica do leito e sub-leito em pontos pré-estabelecidos, todos realizados ao longo e entorno da linha de projeto da travessia.

Para análise técnico científica recorreu-se a levantamento bibliográfico (caracterização geomorfológica, geológica, hidrológica e hidrogeológica) e visitas in loco, com o intuito de fundamentar as análises sobre os dados como complementar informações pertinentes ao estudo. 

A partir dos resultados foi possível analisar os processo físicos predominantes do ponto de vista hidrodinâmico que poderiam afetar em médio e longo prazo a integridade do cabo de fibra óptica a ser implementado na travessia.

Figura 2 – Divisão geomorfológica e vegetativa da foz do São Francisco. (Oliveira, 2003 In: Silva, 2009).

CONSIDERAÇÕES FINAIS
A interpretação dos resultados permitiu concluir que:

a) a área da travessia proposta se situa no trecho do perfil longitudinal do São Francisco próximo à foz, onde ocorre predominantemente a sedimentação devido a um processo natural, caracterizada por baixa declividade e intensa sedimentação;

b) a área se situa a jusante da Usina Hidroelétrica de Xingó que infere uma regularização da vazão evitando assim descargas com maior energia potencial que possam produzir processos erosivos no leito;

c) de acordo com a sísmica, a qual foi aferida pela amostragem de sedimentos e análise granulométrica dos mesmos, não há ocorrências de tipos litológicos ou fragmentos de rocha com alta resistência mecânica os quais poderiam demandar processos de abertura de trincheira mais complexos;


Figura 3 – Parte da seção sísmica do Trecho 1 (adaptado de CHD, 2011)


d) de forma geral ocorre a predominância de sedimentos de areia média à fina e secundariamente ocorrem sedimentos siltosos e argilosos, considerado condizente com o ambiente local, sendo classificado como uma planície de inundação e, portanto predominam sedimentos mais finos;

e) enfim, concluiu-se que não há possibilidade de ocorrer exposição dos cabos de fibra óptica no trecho em leito, no entanto, a área apresenta vegetação de porte baixo e médio, característica de ação antrópica atuante durante longo período, sendo que a ausência da mata ciliar acelera o processo de erosão nas margens e, consequentemente, contribui para exposição dos cabos nas margens.

A escolha adequada e integração dos métodos diretos e indiretos aliados a extenso levantamento bibliográfico, proporcionou resultados com alta qualidade e confiáveis, os quais foram confirmados na execução rápida e eficaz do lançamento do cabo no trecho estudado, sem ocorrências de imprevistos, como também inferiu a necessidade de tomada de providências em relação às margens.

REFERENCIAS
DEHAINI, J & SANTOS JÚNIOR, E. V. DA C. ESTUDO INTEGRADO PARA MAPEAMENTO DE FRAGMENTOS DE ROCHAS E AVALIAÇÃO DE CENÁRIO FUTURO DE EROSÃO PARA PROJETO DE ATERRAMENTO DE DUTOS EM TRAVESSIA DO RIO SÃO FRANCISCO. Anais do 46º Congresso Brasileiro de Geologia e 1º Congresso de Geologia dos Países de Língua Portuguesa. Santos, SP.2012.


quinta-feira, 7 de março de 2013

ARTIGO: Aspectos da Mineração e Impactos da Exploração de Areia em Manaus - AM


Autores: Fabio Fernandes1; Elias Vicente da Cruz Santos Júnior1,2

1 AMAZONGEO Geologia e Meio Ambiente; 2 Centro Universitário do Norte

Área pré-lavra (foto do arquivo da Amazongeo)

A areia minerada na região de Manaus é resultado da atuação do intemperismo sobre rochas da Formação Alter do Chão (Cretáceo Superior da Bacia do Amazonas). Os depósitos eluvionares, se apresentam em forma de “lentes” com espessura de 2 a 4 metros predominantes, sendo a lavra desenvolvida em mina a céu aberto (cava seca) de forma mecanizada. 


Amplamente utilizada na construção civil a areia que atualmente abastece a cidade de Manaus é fornecida a partir de três principais áreas: entorno das Rodovias BR-174 e AM-010, e região do Tarumã. 

As minas distam até 80 km da sede do município, apresentam areais distribuídos em superfície aplainada formando platôs, localmente constituído por pacote arenoso, de coloração branca, de variada seleção, podendo apresentar alguma estratificação insipiente, recobertos por areias de coloração escura, decorrente de seu conteúdo em matéria orgânica. 

Os rejeitos da atividade areeira, via de regra, representam pequeno volume e são integralmente aproveitados na reabilitação da área. Depositados em “pilhas” são resultado do acumulo de solo, de vegetação e das areias de coloração escura, valendo resaltar que esta última tem encontrado crescente mercado, gerando dividendos para a atividade exploratória e “transtornos” quando da reabilitação da área, em decorrência do baixo volume orgânico disponível. 

Os empreendimentos mineiros são de pequeno a médio porte, operados por pessoas físicas e jurídicas, não vinculadas a sindicatos ou associações representativas, ora inexistentes, o que dificulta a interlocução com os órgãos reguladores da atividade mineira. 

Anterior a qualquer legislação que disciplina a atividade de mineração, a explotação de areia, acumulou, ao longo das últimas décadas, um grande passivo ambiental devido a falta de aprimoramento técnico, organização e racionalização da atividade. 

O passivo ambiental da atividade do setor areeiro pode ser avaliado pelo não cumprimento das condicionantes das Licenças de Operação e implantação das propostas de reabilitação das áreas. 

Nos empreendimentos visitados várias “não-conformidades” foram identificadas, algumas significativas, tais como, ausência de responsável técnico pela lavra, reabilitação não iniciada e operação realizada por terceiros, não comunicada aos órgãos reguladores da atividade mineira. Desmatamento não orientado, frentes de lavra aleatórias, delimitação deficiente, acúmulo de água e rejeitos mal armazenados, constituem as principais deficiências. 

Área pós-lavra (foto do arquivo da Amazongeo)

A que pese a ausência de investimentos na capacitação técnica dos funcionários, o desenvolvimento exploratório dá-se de modo regular, quase que exclusivamente pela “experimentação”. 

Rochas alteradas da Formação Alter do Chão (quartzo-arenitos, quartzo-grauvacas, arenito arcoseanos e siltitos) constituem, comumente, o limite exploratório dos depósitos de areia, substrato sobre o qual se inicia a reabilitação, onde se propõem implantar atividades agrícolas, aquícolas e de reflorestamento. Tal substrato possui elevada resistência mecânica, baixa fertilidade e moderada permeabilidade, necessitando de intervenção antrópica prolongada quando destinado ao uso agrícola/florestal, e imprescindível impermeabilização para o desenvolvimento de atividade aquícola. 

No campo acadêmico-científico, projetos de recuperação de áreas degradadas pela atividade em questão, apresentam pouco ou nenhum interesse, contribuindo para a ausência de parâmetros técnicos (teóricos e práticos). 

Uma mineração mais eficiente e com menor passivo ambiental, legal e com retorno a sociedade, certamente deverá passar por uma reestruturação do setor mineral local.
REFERENCIAS:

FERNANDES, F. & SANTOS JÚNIOR, E. V. da C. Aspectos da Mineração e Impactos da Exploração de Areia em Manaus - AM. Anais do 46º Congresso Brasileiro de Geologia e 1º Congresso de Geologia dos Países de Língua Portuguesa. Santos, SP.2012.


PALAVRAS CHAVE: mineração, deficiência operacional, passivo ambiental. 

ARTIGO: Os Entraves do Licenciamento Ambiental Para a Atividade Mineral no Estado do Amazonas



Autores: Elias Vicente da Cruz Santos Júnior1,2 ; Fabio Fernandes1
1 AMAZONGEO Geologia e Meio Ambiente; 2 Centro Universitário do Norte


A exemplo de outras regiões do território brasileiro, o principal entrave para o desenvolvimento da mineração na Amazônia refere-se à obtenção do licenciamento ambiental.
Neste artigo faremos uma breve análise dos principais problemas enfrentados no estado do Amazonas por quem busca regularizar a atividade de prospecção, explotação, beneficiamento e transporte de bens minerais.
Reuniões com grupos de consultores ambientais e empreendedores, além de representantes de órgãos como o Departamento Nacional de Produção Mineral - DNPM, Secretaria de Mineração, Geodiversidade e Recursos Hídricos - SEMGRH, Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas - IPAAM e Secretarias Municipais de Meio Ambiente, levam-nos a concluir que os principais problemas relacionados ao licenciamento ambiental para mineração no estado se referem a:
1)     Reduzido efetivo técnico (geólogos e engenheiros de mina), a exemplo, da gerência de mineração no órgão estadual, que atualmente possuí apenas 1 geólogo, e inexistência de profissionais na grande maioria dos municípios;
2)     Dimensões territoriais continentais do Estado;
3)     Trâmite burocrático e excessivo, tornando o processo demorado e com resultados imprevisíveis;
4)     Inexperiência das equipes técnicas avaliadoras, compostas na maioria das vezes por profissionais desvinculados da área de mineração o que torna a definição de “impactos ambientais significativos” uma incógnita;
5)     Ausência de cronogramas de vistoria e monitoramento, direcionado pela solicitação de renovação e/ou arquivamento;
6)     Insegurança operacional motivada pelo exíguo prazo de validade das licenças de operação (1 a 2 anos no máximo);
7)     Diálogo reprimido entre os envolvidos no licenciamento (empreendedor+consultor+analista);
8)     E o caráter extremamente preservacionista das equipes responsáveis pelo licenciamento da mineração.

Somado a esses problemas tem-se ainda o conflito de competências para realizar o licenciamento, o grande número de unidades de conservação e o código florestal draconiano, que obriga ao empreendedor a preservar 80% da área das propriedades na Amazônia, destacando que se excetua deste cálculo as APP’s.
No que tange o licenciamento para a mineração social (areia, seixo, argila, brita), esses entraves acabam gerando o aumento da clandestinidade, tendo em vista que para os pequenos empreendimentos é praticamente impossível se adequar às imposições dos órgãos licenciadores, destacando-se que esses empreendimentos tem geralmente áreas inferiores a 5 hectares e operam geralmente nas proximidades de Manaus.
A guisa de contribuição apresentamos as seguintes sugestões para melhoria do processo de licenciamento da mineração:
a)     aproximação dos órgãos ambientais e mineral com os atores envolvidos no processo de licenciamento, por meio de reuniões, workshops e palestras;
b)     reestruturação do setor de mineração do Estado, com ampliação do quadro técnico e investimento em capacitação, além de, transparência e padronização mínima na análise processual.

REFERENCIAS
SANTOS JÚNIOR, E. V. da C. & FERNANDES, F. Os Entraves do Licenciamento Ambiental Para a Atividade Mineral no Estado do Amazonas. Anais do 46º Congresso Brasileiro de Geologia e 1º Congresso de Geologia dos Países de Língua Portuguesa. Santos, SP.2012.

O que é Coaching - Por Elias Santos Junior - Geólogo, Professor e Self-empowerment Coach

Coaching [1]   é uma palavra em inglês que indica uma atividade de formação pessoal em que um instrutor ( coach ) ajuda o seu cliente ( coa...