segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Feliz Natal



Esse provavelmente é o ultimo post de 2008, ano de vitorias, conquistas, de tristezas.


Ano em que fizemos novos amigos, perdemos outros (bob, Ir:. Elvis).


Sempre penso que o ano seguinte será melhor que o que está findando, em 2009 com certeza ganho meu maior presente (meu filho Kauã Henrique chega em fevereiro).


Mas antes de iniciarmos 2009 ainda temos as festas de fim de ano, natal, passagem de ano, confraternizações, solteiros contra casados, sem bucho x buchos pra fora, etc.


É tempo de confraternizar, de celebrar as vitorias ja que sempre choramos as derrotas, nao é hora de se esconder, de ficar entocado, é hora de rever os amigos, parentes, de dar abraços e desejar ao proximo um futuro melhor.


No mais, desejo sucesso a todos, saude e paz acima de tudo.
TFA:.
Professor Elias Santos Junior

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

William Smith – O pai da Geologia Moderna

Ola colegas que visitam esse espaço, ouvi falar desse livro no ultimo Congresso Brasileiro de Geologia em Curitiba, achei interessante, e uns dias depois passeando em uma rua do centro de Curitiba encontrei um volume em um sebo, comprei na hora, to lendo e gostando muito, por isso resolvi indicar o livro. Abraços e voltem sempre.
Professor Elias Santos Junior - Geólogo
Manaus - Amazonas - Brasil - Planeta Terra
--------------------------------------------


Humilhação e reconhecimento do pai da geologia moderna


Biografia de William Smith conta a dramática história da criação da primeira carta geológica.



Plágio, cadeia, obstinação: esses são alguns dos elementos que tornaram a biografia do geólogo britânico William Smith (1769-1839) digna do roteiro de uma novela mexicana. Ele foi o primeiro a elaborar uma carta geológica, teve seu trabalho copiado e só obteve o devido reconhecimento com dezesseis anos de atraso. Impressionante e essencialmente dramática, essa história, ainda pouco conhecida no Brasil, é resgatada em um livro que recupera o nascimento da geologia moderna.



Em O mapa que mudou o mundo, o jornalista inglês Simon Winchester relata de forma minuciosa todo o esforço solitário e exaustivo da aventura científica vivida por Smith nos vinte anos em que percorreu a Inglaterra. Com informações extraídas de cartas e do diário do geólogo britânico, Winchester descreve, numa narrativa dramática, a trajetória do pai da geologia moderna – do fracasso e do sofrimento a que foi submetido à honra finalmente recuperada.



Winchester contextualiza a virada do século 18 para o 19 ao descrever com detalhes a relação entre a aristocracia e a classe trabalhadora e o avanço do conhecimento científico sobre os preceitos religiosos. Ele conta que, na época, a sede pelo progresso apostava nos canais subterrâneos como vias expressas do futuro e explica como o estado de ânimo da Inglaterra – definido como "mania de canal" – influenciou a formação de Smith.



Construtor de canais em Londres, o geólogo percebeu em 1793 que as rochas eram dispostas em camadas e que os fósseis encontrados em cada uma delas eram bem diferentes uns dos outros. Decidiu relatar a descoberta num mapa que exibiria o então desconhecido subterrâneo do país e viajou durante vinte anos por todo o Reino Unido. Estudou rochas e fósseis e, em 1815, publicou o famoso mapa, pintado a mão, com cerca de 2,5 metros de altura por 2 de largura.



Quatro anos após a publicação, porém, Smith foi preso pelo acúmulo de dívidas e plagiado por aristocratas da recém-formada Sociedade Geológica de Londres, que o havia rejeitado. Um outro mapa, com proporções semelhantes, foi produzido a partir de cópias do mapa de Smith, sem que nenhuma menção a ele fosse feita. Numa tentativa de autobiografia, resgatada por Winchester, Smith escreveu: "A cópia parecia um fantasma do meu velho mapa. Fui posto de lado."
A capa de O mapa que mudou o mundo se desdobra para formar uma reprodução da carta geológica da Inglaterra feita por William Smith.



Depois de cumprir a pena, vagou sem emprego fixo pelo norte da Inglaterra durante dez anos, enquanto enfrentava a doença mental de sua esposa ninfomaníaca. O reconhecimento tardio veio somente em 1831, quando um aristocrata para quem trabalhara o colocou em contato com a Sociedade Geológica de Londres, que começou a reparar seu erro histórico. Smith foi, então, honrado com medalhas e passou a receber uma pensão, oferecida pelo rei Guilherme IV.
O reconhecimento total, no entanto, foi póstumo. Somente em 1865 a Sociedade passou a publicar o nome de Smith na legenda dos mapas. Nela, lê-se: "Um mapa geológico da Inglaterra e do País de Gales, por G.B. Greenough, Esq. FRS (com base no mapa original de Wm. Smith, 1815)".



O mapa que mudou o mundo conta com 32 ilustrações, algumas coloridas; um glossário de termos geológicos e outros pouco conhecidos; e uma lista de fontes e leitura recomendada, além da capa – que se desdobra numa reprodução adaptada do mapa original, com 64 x 45 cm.

O mapa que mudou o mundo – William Smith e o nascimento da geologia moderna Simon Winchester (trad: Suyan Marcondes Orsbon) Rio de Janeiro, 2004, Editora Record Telefone: (21) 2585-2000 412 páginas – R$ 64,90

Extraído em 27/11/2008, de:


sexta-feira, 7 de novembro de 2008

A DIFICULDADE DE DIZER NÃO

O que pode criar um monstro? O que leva um rapaz de 22 anos a estragar a própria vida e a vida de outras duas jovens por… Nada?

Será que é índole? Talvez, a mídia? A influência da televisão? A situação social da violência? Traumas? Raiva contida? Deficiência social ou mental? Permissividade da sociedade? O que faz alguém achar que pode comprar armas de fogo, entrar na casa de uma família, fazer reféns, assustar e desalojar vizinhos, ocupar a polícia por mais de 100 horas e atirar em duas pessoas inocentes?

O rapaz deu a resposta: "ela não quis falar comigo". A garota disse não, não quero mais falar com você. E o garoto, dizendo que ama, não aceitou um não. Seu desejo era mais importante.

Não quero ser mais um desses psicólogos de araque que infestam os programas vespertinos de televisão, que explicam tudo de maneira muito simplista e falam descontextualizadamente sobre a vida dos outros sem serem chamados. Mas ontem, enquanto não conseguia dormir pensando nesse absurdo todo, pensei que o não da menina Eloá foi o único. Faltaram muitos outros nãos nessa história toda.

Faltou um pai e uma mãe dizerem que a filha de 12 anos NÃO podia namorar um rapaz de 19. Faltou uma outra mãe dizer que NÃO iria sucumbir ao medo e ir lá tirar o filho do tal apartamento a puxões de orelha. Faltou outros pais dizerem que NÃO iriam atender ao pedido de um policial maluco de deixar a filha voltar para o cativeiro de onde, com sorte, já tinha escapado com vida. Faltou a polícia dizer NÃO ao próprio planejamento errôneo de mandar a garota de volta pra lá. Faltou o governo dizer NÃO ao sensacionalismo da imprensa em torno do caso, que permitiu que o tal sequestrador conversasse e chorasse compulsivamente em todos os programas de TV que o procuraram. Simples assim. NÃO. Pelo jeito, a única que disse não nessa história foi punida com uma bala na cabeça.

O mundo está carente de nãos. Vejo que cada vez mais os pais e professores morrem de medo de dizer não às crianças. Mulheres ainda têm medo de dizer não aos maridos ( e alguns maridos, temem dizer não às esposas ). Pessoas têm medo de dizer não aos amigos. Noras que não conseguem dizer não às sogras, chefes que não dizem não aos subordinados, gente que não consegue dizer não aos próprios desejos. E assim são criados alguns monstros. Talvez alguns não cheguem a sequestrar pessoas. Mas têm pequenos surtos quando escutam um não, seja do guarda de trânsito, do chefe, do professor, da namorada, do gerente do banco. Essas pessoas acabam crendo que abusar é normal. E é legal.

Os pais dizem, "não posso traumatizar meu filho". E não é raro eu ver alguns tomando tapas de bebês com 1 ou 2 anos. Outros gastam o que não têm em brinquedos todos os dias e festas de aniversário faraônicas para suas crias. Sem falar nos adolescentes. Hoje em dia, é difícil ouvir alguém dizer não, você não pode bater no seu amiguinho. Não, você não vai assistir a uma novela feita para adultos. Não, você não vai fumar maconha enquanto for contra a lei. Não, você não vai passar a madrugada na rua. Não, você não vai dirigir sem carteira de habilitação. Não, você não vai beber uma cervejinha enquanto não fizer 18 anos. Não, essas pessoas não são companhias pra você. Não, hoje você não vai ganhar brinquedo ou comer salgadinho e chocolate. Não, aqui não é lugar para você ficar. Não, você não vai faltar na escola sem estar doente. Não, essa conversa não é pra você se meter. Não, com isto você não vai brincar. Não, hoje você está de castigo e não vai brincar no parque.

Crianças e adolescentes que crescem sem ouvir bons, justos e firmes NÃOS crescem sem saber que o mundo não é só deles. E aí, no primeiro não que a vida dá ( e a vida dá muitos ) surtam. Usam drogas. Compram armas. Transam sem camisinha. Batem em professores. Furam o pneu do carro do chefe. Chutam mendigos e prostitutas na rua. E daí por diante.

Não estou defendendo a volta da educação rígida e sem diálogo, pelo contrário. Acredito piamente que crianças e adolescentes tratados com um amor real, sem culpa, tranquilo e livre, conseguem perfeitamente entender uma sanção do pai ou da mãe, um tapa, um castigo, um não. Intuem que o amor dos adultos pelas crianças não é só prazer - é também responsabilidade. E quem ouve uns nãos de vez em quando também aprende a dizê-los quando é preciso. Acaba aprendendo que é importante dizer não a algumas pessoas que tentam abusar de nós de diversas maneiras, com respeito e firmeza, mesmo que sejam pessoas que nos amem.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Voce vai sobreviver ao Mercado Atual?‏

"Só os muito bons sobreviverão..."

E eu te pergunto: E você? Você esta entre os muito bons?

- Voce tem gana de aprender coisas novas que possam melhorar seu desempenho?

- Voce tem plena consciência de que o tempo dos "mais ou menos" está acabando?

- O que voce faz para ser excelente no que faz?




Abaixo tem uma mensagem que vale muito a pena ouvir e refletir.




Para ouvir a mensagem acesse:
http://www.profmarinspod.com.br/podcast/so-os-muito-bons-sobreviverao.html

PENSE NISSO!

Sua chance de sucesso é aqui e agora!
Invista sempre em você!



Email enviado pelo Prof. Paulo Eustaquio - Tutor do curso de Empreendedorismo do SEBRAE.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Pra que crescer???


Hoje acordei pensando na vida....será que tudo tem que ser tão sério?


Quanta responsabilidades nos temos que assumir? É filho, é mulher, é mãe, é pai, sao os irmaos com problemas.....alem disso as pessoas esperam que vc sempre tenha soluções pra tudo: resolve isso, me ajuda naquilo....


Quando acordo assim vou ver as fotos antigas, ler textos que escrevemos quando mais jovens ; hoje parecem tao infantis (porem sao o reflexo de uma época), coloco uma musica pra ouvir....(nunca os cds da Legião Urbana, senão eu desmonto!).


Lembro de uma frase que li num momento critico.


"Deus só coloca sobre nossos ombros o peso que podemos suportar"




Nesse momento lembrei de um texto do meu irmao erick.


EU NAO QUERO CRESCER (Erick Vicente de Souza)


Eu não quero crescer

Quando estou deitado em minha cama....Eu não quero crescer

nada parece dar certo

Como me mover num mundo de confusão

Que sempre está em mutação

Me faz pensar que eu poderia ser qualquer coisa

Quando vejo o preço que tem que ser pago....Eu não quero crescer

Parece que as pessoas fazem coisas

Que nunca queriam fazer

Eu não quero crescer

A unica coisa a se fazer é viver o hoje!

Eu não quero ter que gritar.

Eu não quero que meu cabelo caia

Eu não quero ser preenchido de dúvida e dívidas

Eu não quero ser um bom explorador

Eu não quero ter que contar

Eu não quero ter a maior quantia

Não há nada,só tristeza e melancolia!

Eu não quero me comentar

Eu não quero ser sugado pelas energias negativas


EU SÓ QUERO ME APAIXONAR,

ME DIVERTIR E VIVER UM LONGO DIA SEM FIM.


EU NÃO QUERO CRESCER.


quinta-feira, 5 de junho de 2008

O Mito da Reciclagem - Autor: José Henrique Penido*

Texto publicado no livro Jardim Gramacho de Marcos Prado (Argumento Editora).

Afinal, reciclar pra quê? Vale a pena? É uma atitude politicamente correta? Reciclar o quê, quando, como, por quê? De um modo geral, as pessoas nem se fazem estas perguntas, mas obedecem a um instinto superior, a um mantra da sociedade de consumo moderna, que se repete sem cessar: reciclar é bom, reciclar é preciso, vamos todos reciclar, vamos salvar o planeta reciclando.

As coisas não são tão simples assim. Vale a pena refletir um pouco sobre este tema, começando do princípio e abordando os aspectos ambientais, econômicos e sociais desta atitude hoje tão comentada e tão debatida por todos.

Comentarei neste pequeno texto a reciclagem ou a recuperação dos materiais contidos apenas no lixo domiciliar urbano, ou seja, aquele que é gerado em nossas casas e no comércio em geral. É um lixo que não trazmaiores problemas de contaminação, afinal saiu de nossas casas poucas horas antes de ser manipulado por alguém que vai reaproveitá-lo de alguma forma.

É aquele lixo que muitos apregoam ser muito valioso, que vale bilhões de dólares. Quando ouço alguém dizer isto, pergunto onde posso deixar os milhares de toneladas coletados na minha cidade, Rio de Janeiro, para que suas riquezas possam ser aproveitadas. Se nosso lixo de cada dia valesse alguma coisa, ele não seria um problema para as prefeituras, mas antes uma matéria-prima disputada por todos, o que não acontece.

Na realidade, a gestão dos resíduos sólidos é um problema sério no âmbito do saneamento básico, e que afeta a saúde da população e o meio ambiente, se não for bem conduzida.

No Brasil, assim como na maioria dos países em todo o mundo, a limpeza urbana é de responsabilidade dos municípios, e deve ser gerida conforme a decisão política do prefeito. Mas se é realmente um problema, o que háafinal neste lixo que pode interessar a algumas pessoas e levá-las a buscar nele recursos que possam trazer alguma renda ou benefício?

Primeiro, veremos que resíduos são esses. Nosso lixo domiciliar contém, em peso, cerca de 50% a 60% de matéria orgânica de rápida decomposição; 30% a 40% de materiais potencialmente aproveitáveis ou recicláveis, e 10% a 20% de materiais sem possibilidade de reaproveitamento econômico ou reutilização, tais como terra, papel higiênico, fraldas descartáveis, absorventes, lâmpadas, pilhas, papel celofane e vidros planos.

Conhecida a sua composição, vamos observar melhor os 2 grandes grupos que nos interessam mais: matéria orgânica de rápida decomposição e materiais potencialmente recuperáveis ou reutilizáveis.

Na primeira categoria estão os restos de comida e de cozinha, plantas e flores, pó de café, frutas e legumes estragados e suas cascas - tudo aquilo que, se não for bem embalado ou retirado de nossas casas, começaa se decompor, exala maus odores e atrai insetos e ratos. é um tipo de resíduos que ninguém gosta muito de manusear e que queremos ver longe de nós o mais rapidamente possível.

Mas será que não há como fazer alguma coisa de útil com este "lixo", que aparentemente não interessa a ninguém? Veremos isso adiante.

É mais agradável falarmos sobre o que todo mundo gosta: os materiais recicláveis, mais limpos e mais fáceis de manipular. Papéis, papelão de embalagens, latas de conservas, latinhas de cerveja e de refrigerante, garrafas e embalagens de PET, plásticos em geral, jornais e revistas, potes e garrafas de vidro são todos fáceis de se guardar em um saco plástico, depois de uma lavagem rápida. Em seguida colocamos os sacos na calçada para serem recolhidos pela coleta seletiva ou pelos catadores. Pronto: fizemos nossa parte, a mãe Terra agradece, estamos em paz com a nossa consciência ambiental.

Mas as coisas não são tão simples assim. Quando separamos nossos recicláveis, não temos a menor idéia do que vai acontecer com elas depois de serem coletados por catadores ou por algum sistema formal de coleta seletiva. Achamos que, de alguma forma mágica, eles serão transformados em novos produtos e que, nesta operação, haverá economia de energia, de água e de matérias-primas não renováveis, fato que muito contribuirá para um futuro melhor para as gerações que nos sucederão.

Mas vamos examinar o acontece, na realidade, com alguns materiais separados em nossas casas, até que tornem, novamente, a ser um produto de consumo, depois de submetidos a determinados processos industriais. Tomemos inicialmente o papel e o papelão, produtos que há mais tempo são reciclados no Brasil, pelo menos desde os anos 1950, pelos conhecidos "garrafeiros" e "burros sem rabo" - aqueles que passavam pelas ruas do Rio, de casa em casa, gritando "garrafeeeero" , à cata de garrafas de vidro, jornais, revistas e livros velhos, que compravam a preços muito baixos e revendiam a intermediários, obtendo com isso um pequeno lucro.

Os papéis iam para pequenas fábricas de papel, que os aproveitavam como matéria-prima, da mesma forma como as atuais indústrias operam. O processo começa nos hidrapulpers - do inglês, hydropulpers - ou grandes liquidificadores, que batem o papel usado com água e soda cáustica até que se forme uma pasta homogênea, com as fibras do papel dissolvidas e limpas, e passíveis de serem reorganizadas e ligadas umas às outras, por meio de sucessivos caminhos e processos industriais, até serem transformadas em papel novo, pronto para ser reutilizado. Para o branqueamento do papel utilizam-se compostos de cloro ou peróxido de hidrogênio.

Para que toda esta explicação? Para sabermos que o insumo mais consumido na reciclagem de papel/papelão á a água limpa, e que se esta água, depois do processo industrial de reciclagem, não for muito bem tratada, contaminará os recursos hídricos onde é despejada. Isto sem falar doscompostos de cloro que são adicionados durante o processo, e que também podem trazer malefícios à saúde daqueles que, eventualmente, tiverem contato com os efluentes líquidos da indústria.

Gasta-se também muita energia neste processo, e tudo isto nos leva a pensar se realmente vale a pena reciclar o papel ou o papelão. Pelo que se ouve por aí, deve valer: a reciclagem de papel salva árvores, o que é desejável do ponto de vista ambiental. Acontece que as árvores que se abatem para a fabricação do papel são provenientes de empreendimentos florestais - árvores plantadas - e não de florestas nativas, como a Amazônia ou a Mata Atlântica.

Árvores que, para se desenvolverem, utilizam as forças da natureza, como a água de chuva, os nutrientes do solo e a luz solar. Assim, se examinarmos o ciclo industrial da reciclagem do papel e o compararmos com o de sua fabricação a partir de árvores plantadas, considerando- se rigorosamente os aspectos ambientais e energéticos envolvidos, veremos que a segunda opção provavelmente será mais sustentável do que a primeira.

Quanto aos plásticos, os processos industriais de reciclagem deste material são extremamente poluentes e, para reduzir ou eliminar a agressão ao meio ambiente que eles causam, é necessário fazer grandes investimentos, que nem sempre são realizados pelos pequenos e médios recicladores, uma vez que o preço da matéria-prima reciclada é relativamente baixo e mal consegue cobrir os custos de aquisição do material usado e do processo industrial.

O resultado é que a maior parte destas indústrias não tem qualquer sistema de tratamento de efluentes líquidos e oferece péssimas condições de trabalho aos seus empregados, como ruídos excessivos, condições insalubres e alto risco de acidentes.

A reciclagem do alumínio, matéria-prima das latinhas de refrigerante e cerveja, pelo menos vale a pena, não? Vamos ver: o material recuperado tem alto valor no mercado, e o Brasil é o campeão mundial neste tipo de reciclagem. No meu ponto de vista, não devemos ficar orgulhosos deste recorde.
Este é um troféu vergonhoso, pois não foi conquistado graças à consciência ambiental dos brasileiros, mas antes, por causa da miséria de grande parte da população, que disputa as latinhas vazias para vendê-las a intermediários, que as comercializarão junto às grandes indústrias de embalagens de alumínio.

O uso do alumínio para embalagens deve ser também discutido. Quando se diz que esse material pode ser reciclado infinitas vezes e que nesse processo se gasta apenas 5% da energia despendida na fabricação a partirdo minério, não se menciona que o alumínio, para ser fabricado a partir do minério de bauxita, consome uma enorme quantidade de energia e gera grande volume de rejeitos.

Exatamente por isto, as indústrias que o produzem são consideradas "sujas", e têm sido exportadas para os países em desenvolvimento. O uso do alumínio como embalagem e sua posterior reciclagem são, portanto, muito convenientes para os países que não tenham que fabricá-la a partir da extração da bauxita. Este não é o caso do Brasil, que tem grandes jazidas deste minério e fabrica o alumínio em grandes indústrias eletro-intensivas, algumas delas utilizando energia elétrica subsidiada pelo poder público.

Todas estas considerações nos levam a uma constatação: não podemos, a priori, estabelecer se a reciclagem é boa ou má para o meio ambiente ou para as pessoas, sem estudarmos cuidadosamente o ciclo de vida do material a ser reciclado. Isto permite que se avalie o consumo de energia e os eventuais impactos ao meio ambiente que ocorrem durante o processo.

Vamos exemplificar como estes aspectos podem ser variáveis de acordo com as circunstâncias em que ocorrem: a produção de uma lata de 33cl na Inglaterra, composta de alumínio fundido na Noruega, a partir da energia hidroelétrica, e posteriormente laminado na Alemanha, liberará 110g de CO2 - O equivalente a 6,5 toneladas de CO2 por tonelada de alumínio. Se a mesma lata, entretanto, for produzida na Alemanha, usando-se carvão como fonte primária de energia, haverá uma liberação de 280g de CO2, valor este que será ainda maior se o alumínio for produzido na Tchecoslováquia, usando-se carvão de pior qualidade.

Vemos, assim, que também devemos ter, em nossas iniciativas individuais, a preocupação e a consciência do "balanço ambiental", para que não tomemos atitudes "ambientalmente corretas" mas que, sem querermos, podem trazer prejuízos ao meio ambiente.

Aqui está um exemplo interessante para ilustrar este conceito: no incentivo à prática da reciclagem, em várias cidades dos Estados Unidos e da Europa, a população é estimulada a levar os materiais recicláveis, como vidros, plásticos, papéis e papelão ou metais, aos PEV's - Pontos de entrega Voluntária, depósitos especiais instalados em locais públicos. De lá, estes materiais são levados para outros centros de triagem ou indústrias, que irão aproveitá-los na fabricação de novos produtos.

Vamos imaginar que uma determinada residência esteja a 10 quilômetros de um desses PEV's.

Se algum morador usar o seu carro exclusivamente para levar os recicláveis até lá, poderá estar cometendo, com a melhor das intenções, um ato contra o meio ambiente, pois o combustível derivado do petróleo consumido neste deslocamento provavelmente contém mais energia do que a que se irá economizar com a reciclagem dos materiais que foram separados em sua casa.

Além disso, devemos considerar a poluição que a descarga do motor do automóvel causará à atmosfera e o consumo de matérias-primas não-renováveis, como a gasolina, a borracha dos pneus e o asfalto das estradas.

Portanto, antes de decidirmos o que separar em nossas casas como materiais recicláveis, que seriam normalmente descartados em aterros, é necessário estarmos seguros de que eles podem ser reciclados, que alguém vais querer comprá-los depois de reciclados e beneficiados, e que, finalmente, este processo não envolverá o uso de mais recursos naturais do que os que supomos que irá economizar.

Há muitas cidades no Brasil em que o poder público e a sociedade têm o desejo de implantar sistemas de reciclagem. No entanto, se estas cidades estiverem a grandes distâncias dos centros industriais que processam os materiais recicláveis, tal iniciativa estará inviabilizada, pois o custo de transporte acaba sendo maior do que o valor do próprio produto transportado.

Se, no entanto, a vontade política voltada para o meio ambiente é grande, por que não reciclar a matéria orgânica, a partir da qual se pode produzir um composto orgânico de boa qualidade, que sempre terá uma aplicação útil, se não na agricultura, certamente nos parques e jardins da cidade?
Se um determinado sistema de reciclagem não traz um balanço positivo ao meio ambiente e consome mais energia do que rende, o que fazer com todos estes materiais que levam centenas de anos para se decompor? Mandá-los, com todo o resto do lixo, para um aterro? Isto não é um absurdo, do ponto de vista ambiental? Bem, primeiro devemos entender o que acontece durante o processo de decomposição destes materiais quando depositados no solo. Plásticos, vidros e metais se decompõem lentamente, e causam um impacto mínimo ao meio ambiente durante este processo, apenas ocupando espaço na natureza.

Então estes materiais que vão para os aterros sanitários, misturados com as coisas inaproveitáveis, ficarão ali pelo resto da vida, até virar pó? Sim, e isto não traz nenhum problema ao meio ambiente, desde que este aterro sanitário seja construído de acordo com todos os requisitos ambientais que as normas e a legislação exigem.

Esses locais, depois de encerradas as operações de vazamento de lixo, podem ser reflorestados e transformados em parques seguros, parausufruto da população local, com a vantagem de ainda produzirem energia durante muitos anos, por meio da utilização do biogás. Um aterro construído acima do solo, depois de encerrado, pode transformar- se em uma elevação florestada, com equipamentos esportivos, trilhas, instalações para piqueniques, enfim um local de fruição para a população, assim como qualquer morro da cidade, preservado como espaço de lazer.

Além de ser a forma de disposição final de resíduos sólidos urbanos recomendada pela Organização Mundial de Saúde para países em desenvolvimento, o aterro sanitário, adotando-se todos os requisitos que as normas e a legislação ambiental exigem, para que seja garantida a total proteção ao meio ambiente e à saúde da população, é, de longe, a solução que maior exige menor quantidade de recursos da Prefeitura para sua implantação e operação.

E se esta for a solução adotada por todos, não faltará espaço na Terra para se enterrar todo o lixo produzido pela humanidade? Vai levar muito tempo para chegarmos a este ponto, e para se ter uma idéia do pequeno espaço que os aterros ocupam, reproduzo aqui, livremente, um trecho do livro O ambientalista cético, de Bjorn Lomborg (Editora Campus, 2002). Se todo o lixo urbano gerado nos Estados Unidos, durante todo este século que está começando, fosse colocado em um só aterro sanitário, com 30 metros de altura (Gramacho, no Rio de Janeiro, está hoje com 36 metros), a área ocupada corresponderia a apenas um quadrado de 28 quilômetros de lado, o que representa menos de 1% da superfície daquele país.

Quando se fala em reciclagem, os conceitos de energia, meio ambiente e economia estão interligados. Portanto devemos avaliar quem vai operar todo este complexo sistema, e de que forma, para que os custos não sejam altos, para que haja eficiência e para que os ganhos sejam bem aplicados e corretamente distribuídos.

Quando o poder público resolve operar diretamente o sistema, geralmente realizando a coleta seletiva, quase sempre a operação passa a custar muito para o bolso do cidadão. As prefeituras devem ficar longe da operação e usar sua competência para planejar, coordenar e fiscalizar os serviços sob sua responsabilidade.
A coleta seletiva de recicláveis custa em torno de 5 a 10 vezes mais do que a coleta convencional, e o valor do produto coletado é de 10 a 5 vezes menor do que este custo. Quem paga a diferença?

Se a coleta seletiva é feita pela Prefeitura, quem paga é o cidadão, através dos impostos municipais. Isto significa que a Prefeitura gasta com a reciclagem um valor que poderia estar sendo aplicado em educação ou saúde, por exemplo.

Tudo bem, se a população tiver sido chamada a decidir sobre isso, como ocorreu na Alemanha, que gasta por ano cerca de 5 bilhões de dólares com seu sistema de reciclagem, conhecido como Ponto Verde. Em Pesquisas realizadas em 2004, a população alemã foi amplamente favorável à manutenção do sistema de reciclagem, ainda que isso pudesse representar um aumento de impostos para os cidadãos. Será que o mesmo ocorreria nas cidades brasileiras, onde há carência de quase todos os serviços urbanos, a começar pelo saneamento básico?

Diante de toda esta argumentação, podemos concluir que a reciclagem não vale a pena? Ao contrário, creio que vale, desde que se escolha a forma certa de realizá-la, buscando concentrar num mesmo programa, pelo menos os seguintes aspectos: benefícios sociais, melhoria da limpeza urbana e sustentabilidade econômica/financeira do sistema.

Como conseguir esta proeza? Não há um modelo que se possa recomendar de forma genérica; cada cidade, cada comunidade, tem suas características, e o sistema de limpeza urbana, onde se inclui a reciclagem, deve se adaptar a elas, tanto nos aspectos econômicos quanto nos sociais e culturais.

Uma coisa, entretanto, é certa: recuperar apenas os materiais recicláveis, deixando a matéria orgânica de rápida decomposição para os aterros contribui muito pouco para o meio ambiente. Em seu conceito integrado, a reciclagem deve necessariamente incluir esta fração e outras mais, como entulhos de obras e restos de poda.
A rigor, só deveriam ser destinados aos aterros os resíduos sem qualquer possibilidade de recuperação ou aproveitamento, norma adotada hoje na Comunidade Européia, onde a escassez de áreas para aterros justifica o dispêndio de rios de dinheiro nos programas de reciclagem e nas usinas de incineração. É bom lembrar que a matéria orgânica é o que realmente traz problemas para os aterros: é ela que gera o chorume - um líquido que, se não tratado corretamente, pode contaminar os corpos d'água -, e o biogás, que possui em sua composição cerca de 50% de metano, um gás altamente prejudicial ao efeito estufa, que provoca o aquecimento global da Terra.

A matéria orgânica pode ser transformada em composto orgânico, um excelente insumo agrícola, aplicável em quase todas as culturas, que promove o recondicionamento do solo e possui todos os nutrientes necessários ao desenvolvimento das plantas. Se fizéssemos um estudo econômico para decidir sobre a implantação de um sistema de reciclagem da matéria orgânica, avaliando-se a redução que seria obtida nos custos de coleta, de transferência e de implantação e operação de aterros, talvez concluiríamos que esta é a forma mais viável de recuperação do lixo urbano.

Os custos com a coleta, transferência e disposição nos aterros seriam reduzidos à metade, pois a fração de matéria orgânica corresponde a cerca de 50% do peso do lixo urbano. Além disso, os aterros durariam 2 vezes mais e não teriam que ter nem as estações de tratamento de chorume nem os sistemas de extração e queima de biogás, o que também contribuiria para a redução drástica dos seus custos de implantação e operação.

O difícil, entretanto, como já foi dito, é conseguir uma boa adesão da população para a coleta seletiva de orgânicos, mas se houver decisão política por parte do poder público, no sentido de se elaborar campanhas permanentes para a sensibilização da população, creio que se conseguiria um certo êxito nesta empreitada, o que traria grandes benefícios ao meio ambiente.

Na maioria das cidades brasileiras e sul-americanas observa-se um aumento extraordinário da catação de produtos recicláveis nas ruas e nos aterros, fruto da crise econômica que se agravou na virada do século. Este fato é conseqüência do enorme contingente de desempregados que vagam pelas cidades, buscando sobreviver com a recuperação de recicláveis do lixo, que tem se mostrado, aí sim, uma fonte de recursos importantíssima para estas pessoas.

Os catadores tradicionais passaram então a enfrentar uma concorrência inesperada, e isto já vem causando conflitos de grupos que disputam o controle de determinadas zonas ou bairros das cidades onde esta catação ocorre. Por outro lado, algumas prefeituras, por pressão da sociedade e dos movimentos ambientalistas, passaram a implantar sistemas oficiais de coleta seletiva de recicláveis, geralmente com a parceria de cooperativas de catadores, fato que vem aumentando, ainda mais, a freqüência dos conflitos nas ruas.
Estes programas oficiais, embora bem-intencionados, não conseguem, nem de longe, absorver todo o contingente de catadores em atividade nasruas, o que gera novos problemas, desta vez entre as pessoas não absorvidas pelo sistema oficial e a própria prefeitura.

De qualquer forma, uma coisa é certa: não será o órgão responsável pela limpeza urbana, nem mesmo a Prefeitura, que, sozinhos, resolverão a questão social do país, dando a todos aqueles que hoje sobrevivem da catação, melhores e mais seguras oportunidades de trabalho e renda.

A meu ver, as discussões sobre este tema têm gerado um tal fervor e paixão entre as pessoas envolvidas, que acabam reproduzindo, dentro da própria instituição responsável pela limpeza urbana, focos de tensão que terminam por prejudicar o seu objetivo maior: a gestão integrada dos resíduos sólidos da cidade.

O papel da limpeza urbana no ordenamento da atividade dos catadores, na sua capacitação e na valorização do seu trabalho é fundamental, pois aumenta a sua renda e evita a catação predatória nas ruas, o que melhora as condições sanitárias da cidade. Ainda não se encontrou a fórmula ideal de reciclagem, mas a permanente discussão sobre o tema pode trazer à baila soluções criativas que devem ser experimentadas, respeitando-se sempre as características de cada cidade.

Uma destas formas, que talvez funcione, e que já está sendo testada em algumas cidades, é a contratação de cooperativas de catadores para realizar a coleta seletiva, por meio dos catadores e seus carrinhos ou mesmo com caminhões do tipo baú, mais simples e mais baratos. Este serviço seria pago pela prefeitura, num valor equivalente ao custo da coleta convencional por ela realizada. Isto é perfeitamente razoável,uma vez que este material é retirado do fluxo da limpeza urbana, que inclui a coleta, a transferência e a destinação dos resíduos.

A cooperativa passa assim a ter com o poder público uma relação profissional, com direitos e deveres definidos em contrato, o que permite estabelecer formas de trabalho mais adequadas para a cidade. Com os recursos provenientes da venda dos recicláveis e da prestação dos serviços de coleta, a cooperativa passa a ter capacidade econômica para adquirir os equipamentos básicos para seu trabalho, como prensas, elevadores de fardos e balanças, e também para alugar um galpão para armazenamento do material separado e beneficiado, caso a Prefeitura não tenha nenhum disponível, podendo assim transferir mais e melhores benefícios aos seus cooperativados.

Neste amplo espectro da atividade da reciclagem dos resíduos sólidos, não há como deixar de comentar a catação nos aterros de lixo, que ocorre ainda em muitas cidades em todo Brasil, independente do seu tamanho. No Rio de Janeiro, no aterro de Gramacho, um dos maiores da América do Sul, cerca de 1.000 catadores atuam na frente de vazamento do lixo, de onde retiram perto de 200 toneladas de materiais recicláveis por dia.

A Comlurb - Companhia de Limpeza Urbana, empresa do município, que tem a responsabilidade pela gestão de resíduos na cidade do Rio de Janeiro, nunca proibiu a catação em seus aterros, e sempre foi muito criticada por isso. Quando os visitantes se surpreendem com os catadores em Gramacho, um aterro que hoje opera dentro de todos os requisitos da engenharia sanitária, e comentam as condições insalubres a que estão expostos, retrucamos que pior do que esta insalubridade visível é a fome, e que ninguém está ali por prazer, e sim, por falta de melhores alternativas de trabalho.

Se a crise econômica e a miséria tornam inevitável a catação em aterros, o que se deve fazer é manter um cadastro atualizado dos catadores, para que possam ser acompanhados permanentemente por assistentes sociais. Deve-se também, na medida do possível, manter um certo ordenamento na frente de trabalho, de modo a reduzir os riscos de acidentes e evitar problemas nas operações de vazamento e compactação do lixo, permitindo ainda a entrada controlada de caminhões para a retirada dos recicláveis. É recomendável também a prestação de atendimento aos catadores quando há algum acidente durante seu trabalho no aterro.

Em decorrência do desemprego generalizado, a demanda para a catação nos aterros tem sido muito grande, e, no caso do Rio de Janeiro, a Comlurb, por questões de segurança e operacionais, foi forçada a limitar a quantidade de catadores em Gramacho . Isto não tem sido uma tarefa fácil, pois é enorme a quantidade de gente desempregada que, diariamente, chega ao portão de entrada e tenta participar desta atividade.

Como se vê, a reciclagem, coleta seletiva, catação, compostagem e aterros sanitários são problemas complexos e que não devem ser tratados isoladamente, e sim de forma integrada, pois são interligados operacional, social, econômica e ambientalmente e podem causar impactos importantes ao meio ambiente, à saúde da população e ao orçamento público.

Quando pretendemos, cidadãos, organizações não-governamentais ou poder público, implementar ações de reciclagem, através da coleta e reaproveitamento de materiais recicláveis e/ou da matéria orgânica de rápida decomposição, devemos levar sempre em consideração as características culturais, sociais e econômicas da nossa cidade e de nosso povo, como também as práticas do sistema de limpeza urbana já existentes. Assim, serão alcançados os maiores benefícios para o meio ambiente, com os menores custos para a população.
============ ========= ========= ========= ========= ========= ========
*José Henrique Penido, engenheiro, iniciou seu trabalho com lixo, naComlurb do Rio de Janeiro, há mais de 26 anos. Ocupou o cargo dePresidente da empresa em 1998. É consultor da Organização Panamericanada Saúde, do PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento,do GTZ - Deutsche Geselshaft Für Tecnische Zuzamenarbeit, do BancoMundial e do BID.


Texto enviado pela Prof. Lislair Leão.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Você pode ser um geólogo se... - Homenagem ao Dia do Geólogo (30/05)

Você pode ser um geólogo se...

- pronunciar corretamente a palavra “molibdenita” na primeira tentativa;

- achar que cortes de estrada são atrações turísticas;

- possuir mais amostras de quartzo do que cuecas;- associar o termo “duro” a um valor na escala de Mohs, no lugar de outro significado;

- a pilha de rochas na sua garagem é mais alta do que Você;

- o professor de petrografia da universidade local pedir permissão para fazer uma excursão de campo na sua área de serviço;

- Você coloca ametista para enfeitar o aquário;

- sua mulher freqüentemente tem que remover amostras do box para poder tomar banho;

- o seu tradutor eletrônico tem palavras como polymorph? ou pseudomorph?;

- seus filhos chamam-se Rochinha, Prásio e Berilo;

- Você fica junto da parede da catedral durante a missa e, de vez em quando, saca a lupa do bolso para dar uma olhadinha nos cristais;

- Você fica nervoso pelo simples fato das lâmpadas de suas estantes não mostrarem o espectro completo;

- Você sempre compra qualquer amostra que encontra nos camelôs, sem ao menos pechinchar;

- Você não se importa de gastar mais de 30 reais com um livro sobre rochas;

- Você só dirige olhando pro meio-fio, tentando identificar a composição do granito (ou não seria um granodiorito??);

- Você sabe a localização de qualquer afloramento num raio de 100 km da sua casa;

- Você se aposentou mas ainda pensa em construir mais um quartinho no quintal;

- pra Você uma noite calma e romântica em casa significa limpar e guardar suas amostras favoritas no fundo do armário;

- Você está pensando em levar a bússola e o martelo nas próximas férias;

- Você consegue apontar com facilidade onde a Serra do Taiano localiza-se no globo terrestre;

sábado, 17 de maio de 2008

Permacultura - Tecnica de Desenvolvimento Sustentavel

Texto de Sergio Pamplona extraido de http://www.permear.org.br/2006/07/14/o-que-e-permacultura/

Permacultura é algo fácil de identificar com um monte de desejos pessoais profundos entre aquelas pessoas que sonham com paz, harmonia e abundância. Mas leva-se muito tempo para entender. Não se sinta desencorajado o leitor que está ansioso por conhecer a Permacultura ou aquele que julgava tê-la compreendido: os conceitos estão dados e são até bastante claros. A verdade é que as coisas mais importantes da vida exigem tempo e dedicação, tanto mais quando representam quebras de paradigmas.

Assumir para nossas vidas aquilo que é radicalmente novo não é tarefa fácil – no mais das vezes enfrentamos nossos próprios limites de compreensão e aceitação. Por isso, é preciso coragem, fé e determinação para tornar-se um permacultor. E tomar o tempo como aliado.Nas palavras de Bill Mollison de que mais gosto, a Permacultura é “uma tentativa de se criar um Jardim do Éden”, bolando e organizando a vida de forma a que ela seja abundante para todos, sem prejuízo para o meio ambiente. Parece utópico, mas nós praticantes sabemos que é algo possível e para o qual existem princípios, métodos e estratégias bastante factíveis. Os exemplos estão aí, para quem quiser ver, nos cinco continentes e em mais de uma centena de países.

Conceitos: Os australianos Bill Mollison e David Holmgren, criadores da Permacultura, cunharam esta palavra nos anos 70 para referenciar “um sistema evolutivo integrado de espécies vegetais e animais perenes úteis ao homem”. Estavam buscando os princípios de uma Agricultura Permanente. Logo depois, o conceito evoluiu para “um sistema de planejamento para a criação de ambientes humanos sustentáveis” , como resultado de um salto na busca de uma Cultura Permanente, envolvendo aspectos éticos, socioeconômicos e ambientais.

Para tornar o conceito mais claro, pode-se acrescentar que a Permacultura oferece as ferramentas para o planejamento, a implantação e a manutenção de ecossistemas cultivados no campo e nas cidades, de modo a que eles tenham a diversidade, a estabilidade e a resistência dos ecossistemas naturais. Alimento saudável, habitação e energia devem ser providos de forma sustentável para criar culturas permanentes.

No centro da atividade do permacultor está o design, tomado como planejamento consciente para tornar possível, entre outras coisas, a utilização da terra sem desperdício ou poluição, a restauração de paisagens degradadas e o consumo mínimo de energia. Este processo, segundo André Soares, permacultor do Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado – IPEC, deve ser dinâmico, contínuo e orientado para a aplicação de padrões naturais, contendo sub-processos de organização de elementos dentro de determinados contextos.

No primeiro nível, a ação do permacultor volta-se principalmente para áreas agrícolas com o propósito de reverter situações dramáticas de degradação sócio-ambiental. “Culturas não sobrevivem muito tempo sem uma agricultura sustentável”, assegura Bill Mollison. No entanto, os sistemas permaculturais devem evoluir, com designs arrojados, para a construção de sociedades economicamente viáveis, socialmente justas, culturalmente sensíveis, dotadas de agroecossistemas que sejam produtivos e conservadores de recursos naturais.

Cooperação e solidariedade: A Permacultura exige uma mudança de atitude que consiste basicamente em fazer os seres humanos viver de forma integrada ao meio ambiente, alimentando os ciclos vitais da natureza. Como ciência ambiental, reconhece os próprios limites e por isso nasceu amparada por uma ética fundadora de ações comuns para o bem do sistema Terra.

Mollison e Holmgren buscaram princípios éticos universais surgidos no seio de sociedades indígenas e de tradições espirituais, que estão orientados na lógica básica do universo de cooperação e solidariedade. Não é possível praticar a Permacultura sem observá-los.

Primeiro, será preciso assumir a ética do cuidado com a Mãe-Terra para garantir a manutenção e a multiplicação dos sistemas vivos. Depois, o cuidado com as pessoas para a promoção da autoconfiança e da responsabilidade comunitária. E por fim, aprender a governar nossas próprias necessidades, impor limites ao consumo e repartir o excedente para facilitar o acesso de todos aos recursos necessários à sobrevivência, preservando-os para as gerações futuras.

Como parte dos sistemas vivos da Terra e tendo desenvolvido o potencial para desfazer a sustentabilidade do planeta, nós temos como missão criar agora uma sociedade de justiça, igualdade e fraternidade, a começar pelos marginalizados e excluídos, com relações mais benevolentes e sinergéticas com a natureza e de maior colaboração entre os vários povos, culturas e religiões.

Toda ética tem a ver com práticas que querem ser eficazes. “A ética da Permacultura serve bem para iluminar nossos esforços diários de trabalho com a natureza a partir de observações prolongadas e cuidadosas, com base nos saberes tradicionais e na ciência moderna, substituindo ações impensadas e imaturas por planejamento consciente”, assevera Bill Mollison. A chave é estabelecer relações harmoniosas entre as pessoas e os elementos da paisagem.


Em manaus conheça o Instituto de Permacultura da Amazônia
http://www.ipapermacultura.org/

quarta-feira, 14 de maio de 2008

A sua casa vem da geologia e da mineração

Sempre que falamos da importancia da geologia em nossas aulas costumamos dizer que a vida depende das condições geológicas, é claro que isso sempre gera polêmica...e essa é a intenção, chamar os academicos à seguinte reflexão: A mineração é boa ou ruim?
Segue abaixo um exemplo extraído (adoro essa palavra, me lembra mineração hehehehe) do site da MINEROPAR.


Importância dos recursos minerais

Os bens minerais têm uma importância significativa para a sociedade, a tal ponto que as fases de evolução da humanidade são divididas em função dos tipos de minerais utilizados: idades da pedra, do bronze, do ferro, etc. Nenhuma civilização pode prescindir do uso dos bens minerais, principalmente quando se pensa em qualidade de vida, uma vez que as necessidades básicas do ser humano - alimentação, moradia e vestuário - são atendidas essencialmente por estes recursos. Uma pessoa consome direta ou indiretamente cerca de 10 toneladas/ano de produtos do reino mineral, abrangendo 350 espécies minerais distintas. A construção de uma residência é um exemplo desta diversidade.

Sua casa vem da mineração


Elemento construtivo Principais substâncias minerais utilizadas

  • tijolo: Argila
  • bloco : areia, brita, calcário
  • fiação elétrica: cobre, petróleo
  • lâmpada: quartzo, tungstênio, alumínio
  • fundações de concreto: areia, brita, calcário, ferro
  • ferragens: ferro, alumínio, cobre, zinco, níquel
  • vidro: areia, calcário, feldspato
  • louça sanitária: caulim, calcário, feldspato, talco
  • azulejo: caulim, calcário, feldspato, talco
  • piso cerâmico: argila, caulim, calcário, feldspato, talco
  • isolante - lã de vidro: quartzo e feldspato
  • isolante - agregado: mica
  • pintura - tinta: calcário, talco, caulim, titânio, óxidos metálicos
  • caixa de água: calcário, argila, gipsita, amianto, petróleo
  • impermeabilizante - betume: folhelho pirobetuminoso, petróleo
  • pias: mármore, granito, ferro, níquel, cobalto
  • encanamento metálico: ferro ou cobre
  • encanamento PVC: petróleo, calcita
  • forro de gesso: gipsita
  • esquadrias: alumínio ou ligas de ferro-manganês
  • piso pedra: ardósia, granito, mármore
  • calha: ligas de zinco-níquel-cobre ou fibro-amianto
  • telha cerâmica: argila
  • telha fibro-amianto: calcário, argila, gipsita, amianto
  • pregos e parafusos: ferro, níquel

O texto completo pode ser obtido em http://www.mineropar.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=28



REFLEXÃO: A LIÇÃO DA ÁGUIA



A águia é a ave que possui a maior longevidade da espécie. Chega a viver 70 anos.

Mas para chegar a essa idade, aos 40 anos ela tem que tomar uma séria e difícil decisão.Aos 40 anos ela está com:

- As unhas compridas e flexíveis, não conseguem mais agarrar as suas presas das quais se alimenta. - O bico alongado e pontiagudo se curva. - Apontando contra o peito estão as asas, envelhecidas e pesadas em função da grossura das penas, e voar já é tão difícil!

Então, a águia só tem duas alternativas:

- Morrer - Ou enfrentar um dolorido processo de renovação que irá durar 150 dias.

Esse processo consiste em voar para o alto de uma montanha e se recolher em um ninho próximo a um paredão onde ela não necessite voar. Então, após encontrar esse lugar, a águia começa a bater com o bico em uma parede até conseguir arrancá-lo.

Após arrancá-lo, espera nascer um novo bico, com o qual vai depois arrancar suas unhas. Quando as novas unhas começam a nascer, ela passa a arrancar as velhas penas. E só após cinco meses sai para o famoso vôo de renovação e para viver então mais 30 anos.

Assim é a nossa vida. Muitas vezes temos de nos resguardar por algum tempo e começar um processo de renovação. Devemos nos desprender de lembranças, costumes e outras tradições que nos causaram dor.

Somente livres do peso do passado, poderemos aproveitar o resultado valioso que uma auto-renovação sempre traz.

Existem momentos em que devemos fazer escolhas e tomar decisões para que possamos continuar.



Afinal, tudo é uma questão de A T I T U D E

Paulo Eustáquio
Tutor AE-SEBRAE
_________________________________________
Seja águia e não galinha!

Saudações Geológicas
Prof. Elias Santos Junior
Manaus - Amazônia - Brasil  
 

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Dá para viver mais devagar?

Esse email me foi enviado pelo Geólogo Fabio Fernandes - Amazongeo Geologia e Meio Ambiente ja tem algum tempo, nao sei a autoria do texto porem acho oportuno divulgá-lo hj 1 de maio, dia do trabalhador.

Já vai pra 18 anos que estou aqui na Volvo, uma empresa sueca. Trabalhar com eles é uma convivência, no mínimo, interessante. Qualquer projeto aqui demora dois anos para se concretizar, mesmo que a idéia seja brilhante e simples. É regra. Então, nos processos globais, causa em nós aflitos por resultados imediatos (brasileiros, americanos, australianos, asiáticos) uma ansiedade generalizada, porém, nosso senso de urgência não surte qualquer efeito neste prazo.

Os suecos discutem, discutem, fazem "N" reuniões, ponderações... E trabalham num esquema bem mais "slow down" (desacelerado). O pior é constatar que, no final, acaba sempre dando certo no tempo deles com a maturidade da tecnologia e da necessidade: bem pouco se perde aqui... E vejo assim:

  1. 1. O país é do tamanho de São Paulo;
  2. 2. O país tem 2 milhões de habitantes;
  3. 3. Sua maior cidade, Estocolmo, tem 500.000 habitantes (compare com Curitiba onde somos 2 milhões);
  4. 4. Empresas de capital sueco: Volvo, Scania, Ericsson, Electrolux, ABB, Nokia, Nobel Biocare...
Nada mal, não? Pra ter uma idéia, a Volvo fabrica os motores propulsores para os foguetes da NASA.

Digo para os demais nestes nossos grupos globais: os suecos podem estar errados, mas são eles que pagam nossos salários. Entretanto, vale salientar que não conheço um povo, como povo mesmo, que tenha mais cultura coletiva do que eles... Vou contar para vocês uma breve só pra dar noção... A primeira vez que fui para lá, em 90, um dos colegas suecos me pegava no hotel toda manhã. Era setembro, frio leve e nevasca.

Chegávamos cedo na Volvo e ele estacionava o carro bem longe da porta de entrada (são 2.000 funcionários de carro).

No primeiro dia não disse nada, no segundo, no terceiro... Depois, com um pouco mais de intimidade, numa manhã perguntei: "Vocês têm lugar demarcado para estacionar aqui? Notei que chegamos cedo, o estacionamento vazio e você deixa o carro lá no final..." e ele me respondeu simples assim: "é que chegamos cedo, então temos tempo de caminhar – quem chegar mais tarde já vai estar atrasado, melhor que fique mais perto da porta. Vc não acha?"

Olha a minha cara! Ainda bem que tive esta na primeira... Deu pra rever bastante os meus conceitos..

M C M Volvo IT South America Slow x Fast

Há um grande movimento na Europa hoje, chamado Slow Food. A Slow Food International Association - cujo símbolo é um caracol -, tem sua base na Itália (o site é muito interessante. Veja. O que o movimento Slow Food prega é que as pessoas devem comer e beber devagar, saboreando os alimentos, "curtindo" seu preparo, no convívio com a família, com amigos, sem pressa e com qualidade. A idéia é a de se contrapor ao espírito do Fast Food e o que ele representa como estilo de vida. A surpresa, porém, é que esse movimento do Slow Food está servindo de base para um movimento mais amplo chamado Slow Europe como salientou a revista Business Week em sua última edição européia.

A base de tudo está no questionamento da "pressa" e da "loucura" gerada pela globalização, pelo apelo à "quantidade do ter" em contraposição à qualidade de vida ou à "qualidade do ser". Segundo a Business Week, os trabalhadores franceses, embora trabalhem menos horas, (35 horas/semana) são mais produtivos que seus colegas americanos ou ingleses.

E os alemães, que em muitas empresas instituíram uma semana de 28,8 horas de trabalho, viram sua produtividade crescer nada menos que 20%. Essa chamada "slow attitude" está chamando a atenção até dos americanos, apologistas do "Fast" (rápido) e do "Do it Now" (faça já).

Portanto, essa "atitude sem-pressa" não significa fazer menos, nem menor produtividade. Significa, sim, fazer as coisas e trabalhar com mais "qualidade" e "produtividade" com maior perfeição, atenção aos detalhes e com menos estresse. Significa retomar os valores da família, dos amigos, do tempo livre, do lazer e das pequenas comunidades. Do "local", presente e concreto, em contraposição ao "global" - indefinido e anônimo. Significa a retomada dos valores essenciais do ser humano, dos pequenos prazeres do cotidiano, da simplicidade de viver e conviver e até da religião e da fé. Significa um ambiente de trabalho menos coercitivo, mais alegre, mais "leve" e, portanto, mais produtivo, onde seres humanos felizes fazem, com prazer, o que sabem fazer de melhor.

Nesta semana, gostaria que você pensasse um pouco sobre isso. Será que os velhos ditados "Devagar se vai ao longe" ou ainda "A pressa é inimiga da perfeição" não merecem novamente nossa atenção nestes tempos de desenfreada loucura? Será que nossas empresas não deveriam também pensar em programas sérios de "qualidade sem-pressa" até para aumentar a produtividade e qualidade de nossos produtos e serviços sem a necessária perda da "qualidade do ser"?

No filme "Perfume de Mulher", há uma cena inesquecível, em que um personagem cego (vivido por Al Pacino) tira uma moça para dançar e ela responde: "Não posso, porque meu noivo vai chegar em poucos minutos." "Mas em um momento se vive uma vida" - responde ele, conduzindo-a num passo de tango. E esta pequena cena é o momento mais bonito do filme.

Algumas pessoas vivem correndo atrás do tempo, mas parece que só alcançam quando morrem enfartados, ou algo assim. Para outros, o tempo demora a passar; ficam ansiosos com o futuro e se esquecem de viver o presente, que é o único tempo que existe. Tempo todo mundo tem por igual. Ninguém tem mais nem menos que 24 horas por dia. A diferença é o que cada um faz do seu tempo. Precisamos saber aproveitar cada momento, porque, como disse John Lennon: "A vida é aquilo que acontece enquanto fazemos planos para o futuro".

*** Comentario do professor
Passamos anos buscando qualificação, melhores salarios, buscando o lugar no mercado, competindo com nossos pares no ambiente de trabalho...Lendo esse texto me questiono: Vale a Pena?

Hoje penso que é mais interessante viver mais devagar, assistir meu filho crescer é mais importante que ganhar novos clientes, ganho menos que a maioria dos meu colegas, contudo, trabalho menos que eles...e isso me deixa muito feliz!



Musica interpretada pela Cidalia Castro e narração de Pedro Bial

Aos que passam por aqui eu deixo como conselho: Divirtam-se...

Prof. Elias Santos Junior
Manaus - Amazonas - Brasil




 

quarta-feira, 30 de abril de 2008

REFLEXÃO: O PROFESSOR ESTÁ SEMPRE ERRADO


Quando...
É jovem, não tem experiência.
É velho, está superado.
Não tem automóvel, é um coitado.
Tem automóvel, chora de "barriga cheia".
Fala em voz alta, vive gritando.
Fala em tom normal, ninguém escuta.
Não falta ao Colégio, é um "Caxias".
Precisa faltar, é "turista".
Conversa com os outros professores, está "malhando" os alunos.
Não conversa, é um desligado.
Dá muita matéria, não tem dó dos alunos.
Dá pouca matéria, não prepara os alunos.
Brinca com a turma, é metido a engraçado.
Não brinca com a turma, é um chato.
Chama à atenção, é um grosso.
Não chama à atenção, não sabe se impor.
A prova é longa, não dá tempo.
A prova é curta, tira as chances do aluno.
Escreve muito, não explica..
Explica muito, o caderno não tem nada.
Fala corretamente, ninguém entende.
Fala a “língua” do aluno, não tem vocabulário'.
Exige, é rude. Elogia, é debochado.
O aluno é reprovado, é perseguição.
O aluno é aprovado, "deu mole".

É, o professor está sempre errado mas, se você conseguiu ler até aqui, agradeça a ele!





Texto enviado pela Bióloga Luciana Pinto, professora como eu que ouve tudo isso sempre!

Saudações Geológicas
Prof. Elias Santos Junior
Manaus - Amazônia - Brasil

Fazer o que se gosta x Gostar do que se faz

Por Stephen Kanitz, formado em Administração de Empresas por Haward e articulista da VEJA.
Enviado pelo Geólogo Fabio Fernandes

A escolha de uma profissão é o primeiro calvário de todo adolescente. Muitos tios, pais e orientadores vocacionais acabam recomendando "fazer o que se gosta", um conselho confuso e equivocado.

Nenhuma empresa paga profissional para fazer o que os funcionários gostam, que normalmente é jogar futebol, ler um livro ou tomar chope na praia. Justamente, paga-se um salário para compensar o fato de que o trabalho é essencialmente chato.

Mesmo que você ache que gosta de algo no início de uma carreira, continuar a gostar da mesma coisa 25 anos depois não é tão fácil assim. Os gostos mudam, e aí você muda de profissão em profissão?

As coisas que eu realmente gosto de fazer, eu faço de graça, como organizar o Prêmio Bem Eficiente; ou faço quase de graça, como escrever artigos para a imprensa.

Eu duvido que os jogadores profissionais de futebol adorem acordar às 6 horas todo dia para treinar, faça sol, faça chuva. No fim de semana eles jogam bilhar, não o futebol que tanto dizem adorar.

O "ócio criativo", o sonho brasileiro de receber um salário para "fazer o que se gosta", somente é alcançado por alguns professores de filosofia que podem ler o que gostam em tempo integral. Nós, a grande maioria dos mortais, teremos que trabalhar em algo que não necessariamente gostamos, mas que precisará ser feito. Algo que a sociedade demanda.

Toda semana recebo jovens que querem trabalhar na minha consultoria num projeto social. "Quero ajudar os outros, não quero participar deste capitalismo selvagem".
Nestes casos, peço para deixarem comigo seus sapatos e suas meias, e voltarem a conversar comigo em uma semana. Normalmente nunca voltam, não demora mais do que 30 minutos para a ficha cair.

É uma arrogância intelectual que se ensina nas universidades brasileiras e um insulto aos sapateiros e aos trabalhadores dizer que eles não ajudam os outros. O que seria de nós se ninguém produzisse sapatos e meias, só porque alguns membros da sociedade só querem "fazer o que gostam?"

Quem irá retirar o lixo, que pediatra e obstetra atenderá você às 2 da madrugada? Vocês acham que médicos e enfermeiras atendem aos sábados e domingos porque gostam?

Felizmente para nós, os médicos, empresas, hospitais e entidades beneficentes que realmente ajudam os outros, estão aí para fazer o que precisa ser feito, aos sábados, domingos e feriados. Eu respeito muito mais os altruístas que fazem aquilo que precisa ser feito, do que os egoístas que só querem "fazer o que gostam".

Teremos então que trabalhar em algo que odiamos, condenados a uma vida profissional chata e opressora?

A saída é aprender a gostar do que você faz, em vez de gastar anos a fio mudando de profissão até achar o que você gosta. E isto é mais fácil do que você pensa. Basta fazer o seu trabalho com esmero, um trabalho super bem feito. Curta o prazer da excelência, o prazer estético da qualidade e da perfeição.

Se quiser procurar algo, descubra suas habilidades naturais, que permitirão fazer seu trabalho com distinção e que o colocarão à frente dos demais.

Sempre fui um perfeccionista. Fiz muitas coisas chatas na vida, mas sempre fiz questão de fazê-las bem feitas. Sou até criticado por isto, demoro demais, vivo brigando com quem é medíocre, reescrevo estes artigos umas 40 vezes para o desespero dos editores, sou super exigente, comigo e com os outros.

Hoje, percebo que foi este perfeccionismo que me permitiu sobreviver à chatice da vida, que me fez gostar das coisas chatas que tenho de fazer.

Se você não gosta do seu trabalho, tente fazê-lo bem feito. Seja o melhor na sua área, destaque-se pela sua precisão. Você será aplaudido, valorizado, procurado e outras portas se abrirão. Você vai começar a gostar do que faz, vai começar até a ser criativo, inventando coisa nova, e isto é um raro prazer.

Faça o seu trabalho mal feito e você estará odiando o que faz, a sua empresa, o seu patrão, os seus colegas, o seu país e a si mesmo. Esta é na minha opinião, o problema número 1 do Brasil.
Fazemos tudo mal feito, fazemos o mínimo necessário, simplesmente porque não aprendemos a gostar do que temos de fazer e não realizamos tudo bem feito, com qualidade e precisão.
***Comentario do Professor:
Siga esse conselho e será feliz :)

VOCÊ É HANDS ON? - Max Gehringer - Revista EXAME



Texto de: Max Gehringer  - Revista EXAME - recebido por email

Vi um anúncio de emprego. A vaga era de gestor de atendimento interno, nome que agora se dá à seção de serviços gerais.

E a empresa contratante exigia que os eventuais interessados possuíssem, sem contar a formação superior: liderança, criatividade, energia, ambição, conhecimentos de informática,fluência em inglês e não bastasse tudo isso, ainda fossem Hands on.

Para ofelizardo que conseguisse convencer o entrevistador de que possuía mesmo essa variada gama de habilidades, o salário era um assombro: 800 reais. Ou seja, isso mesmo que vc pensou... Não que esse fosse algum exemplo absolutamente fora da realidade. Pelo contrário, ele é quase o paradigma dos anúncios de emprego atuais.

A abundância de candidatos está permitindo que as empresas levantem, cada vez mais, a altura da barra que o postulante terá de saltar para ser admitido. E muitos, de fato, saltam. E se empolgam. E aí vêm as agruras da superqualificação...

Vamos supor que, após uma duríssima competição com outros candidatos tão bem preparados quanto ela, a ... Fabiana etc e tal conseguisse ser admitida como gestora de atendimento interno. E que um de seus primeiros clientes fosse o Sr. Borges, gerente da contabilidade. 
    * Fabiana, eu quero três cópias deste relatório.
    **In a hurry!
    * Saúde.
    ** Não, isso quer dizer "bem rapidinho". É que eu tenho fluência em inglês. Aliás, desculpe perguntar, mas por que a empresa exige fluência em inglês se aqui só se fala português?
     * E eu sei lá? Dá para você tirar logo as cópias?
     ** O senhor não prefere que eu digitalize o relatório? Porque eu tenho profundos conhecimentos de informática.
      * Não, não... Cópias normais mesmo.
   ** Certo. Mas eu não poderia deixar de mencionar minha criatividade. Eu já comecei a desenvolver um projeto pessoal visando eliminar 30% das cópias que tiramos.
     * Fabiana, desse jeito não vai dar!
     ** E eu não sei? Preciso urgentemente de uma auxiliar.
     * Como assim?
   ** É que eu sou líder, e não tenho ninguém para liderar. E considero isso um desperdício do meu potencial energético.
     * Olha, neste momento, eu só preciso das três có...
     ** Com certeza. Mas antes vamos discutir meu futuro...
     * Futuro? Que futuro?
    ** É que eu sou ambiciosa. Já faz dois dias que eu estou aqui e ainda não aconteceu nada.
    * Fabiana, eu estou aqui há 18 anos e também não me aconteceu nada!
     ** Sei. Mas o senhor é "hands on"?
     * Hã?
     ** "Hands on"... Mão na massa.
     * Claro que sou!
    ** Então o senhor mesmo tira as cópias. E agora com licença que eu vou sair por aí explorando minhas potencialidades. Foi o que me prometeram quando eu fui contratada.

Então, o mercado de trabalho está ficando dividido em duas facções:
1 - Uma, cada vez maior, é a dos que não conseguem boas vagas porque não têm as qualificações requeridas.

2 - E o outro grupo, pequeno, mas crescente, é o dos que são admitidos porque possuem todas as competências exigidas nos anúncios, mas não poderão usar nem a metade delas, porque, no fundo, a função não precisava delas.

Alguém ponderará - com justa razão - que a empresa está de olho no longo prazo: sendo portador de tantos talentos, o funcionário poderá ir sendo preparado para assumir responsabilidades cada vez maiores.

Em uma empresa em que trabalhei, nós caímos nessa armadilha. Admitimos um montão de gente superqualificada. E as conversas ficaram de tão alto nível que um visitante desavisado que chegasse de repente confundiria nossa salinha do café com o auditório da Fundação Alfred Nobel. Pessoas superqualificadas não resolvem simples problemas!

Um dia um grupo de marketing e finanças foi visitar uma de nossas Fábricas e no meio da estrada, a van da empresa pifou. Como isso foi antes do advento do milagre do celular, o jeito era confiar no especialista, o Cleto, motorista da van. E aí todos descobriram que o Cleto falava inglês, tinha noções de informática e possuía energia e criatividade. Sem mencionar que estava fazendo pós-graduação.

Só que não sabia nem abrir o capô. Duas horas depois, quando o pessoal ainda estava tentando destrinchar o manual do proprietário, passou um sujeito de bicicleta. Para horror de todos, ele falava "nóis vai" e coisas do gênero. Mas, em 2 minutos, para espanto geral, botou a van para funcionar. Deram-lhe uns trocados, e ele foi embora feliz da vida. Aquele ciclista anônimo era o protótipo do funcionário para quem as empresas modernas Torcem o nariz: O que é capaz de resolver, mas não de impressionar.

***comentario:
Esse texto me faz recordar de uma piada que ouvi quando fiz um curso de Permacultura (o que é isso? deixa de ser preguiçoso e vai pesquisar, te move troço senao teu sangue coalha).

Na época da corrida espacial os americanos ao chegarem ao espaço nao conseguiam fazer as anotações porque as canetas nao funcionavam sem a gravidade, comunicaram a NASA e esta contratou os maiores especialistas do mundo pra resolver tal problema, pensa pra cá, pensa pra lá, depois de muito pensar, projetar, planejar, os cientistas conseguiram desenvolver uma caneta com tinta especial que funcionava no espaço ao custo de 20 milhoes de dolares. Resolvido o problema :)

Após a guerra fria os americanos se reunem com os russos, e o pessoal da Nasa perguntou quanto eles gastaram pra resolver o mesmo problema, os russos responderam: Quase nada, o lapis era barato.Quer complicar um problema? consulte um especialista.

Resumindo, de que adianta tantas qualificações se você nao é capaz de resolver um simples problema? Pense nisso!

Saudações Geológicas
Prof. Elias Santos Junior
Manaus - Amazonas - Brasil

Luz da Natureza

Esse video foi enviado por um amigo, Antonio Alecrim, um empresario que me faz acreditar que esse país ainda tem jeito.

Sejam bem vindos

Bom dia a todos, resolvi criar esse espaço com o proposito de divulgar conteudos relacionados a Geologia e Meio Ambiente.
Espero que ele seja util de alguma forma aos que por aqui passarem.
Sejam bem vindos,

Saudações Geológicas.

Professor Elias Santos Junior.
Manaus - AM

O que é Coaching - Por Elias Santos Junior - Geólogo, Professor e Self-empowerment Coach

Coaching [1]   é uma palavra em inglês que indica uma atividade de formação pessoal em que um instrutor ( coach ) ajuda o seu cliente ( coa...