sexta-feira, 28 de novembro de 2008

William Smith – O pai da Geologia Moderna

Ola colegas que visitam esse espaço, ouvi falar desse livro no ultimo Congresso Brasileiro de Geologia em Curitiba, achei interessante, e uns dias depois passeando em uma rua do centro de Curitiba encontrei um volume em um sebo, comprei na hora, to lendo e gostando muito, por isso resolvi indicar o livro. Abraços e voltem sempre.
Professor Elias Santos Junior - Geólogo
Manaus - Amazonas - Brasil - Planeta Terra
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Humilhação e reconhecimento do pai da geologia moderna


Biografia de William Smith conta a dramática história da criação da primeira carta geológica.



Plágio, cadeia, obstinação: esses são alguns dos elementos que tornaram a biografia do geólogo britânico William Smith (1769-1839) digna do roteiro de uma novela mexicana. Ele foi o primeiro a elaborar uma carta geológica, teve seu trabalho copiado e só obteve o devido reconhecimento com dezesseis anos de atraso. Impressionante e essencialmente dramática, essa história, ainda pouco conhecida no Brasil, é resgatada em um livro que recupera o nascimento da geologia moderna.



Em O mapa que mudou o mundo, o jornalista inglês Simon Winchester relata de forma minuciosa todo o esforço solitário e exaustivo da aventura científica vivida por Smith nos vinte anos em que percorreu a Inglaterra. Com informações extraídas de cartas e do diário do geólogo britânico, Winchester descreve, numa narrativa dramática, a trajetória do pai da geologia moderna – do fracasso e do sofrimento a que foi submetido à honra finalmente recuperada.



Winchester contextualiza a virada do século 18 para o 19 ao descrever com detalhes a relação entre a aristocracia e a classe trabalhadora e o avanço do conhecimento científico sobre os preceitos religiosos. Ele conta que, na época, a sede pelo progresso apostava nos canais subterrâneos como vias expressas do futuro e explica como o estado de ânimo da Inglaterra – definido como "mania de canal" – influenciou a formação de Smith.



Construtor de canais em Londres, o geólogo percebeu em 1793 que as rochas eram dispostas em camadas e que os fósseis encontrados em cada uma delas eram bem diferentes uns dos outros. Decidiu relatar a descoberta num mapa que exibiria o então desconhecido subterrâneo do país e viajou durante vinte anos por todo o Reino Unido. Estudou rochas e fósseis e, em 1815, publicou o famoso mapa, pintado a mão, com cerca de 2,5 metros de altura por 2 de largura.



Quatro anos após a publicação, porém, Smith foi preso pelo acúmulo de dívidas e plagiado por aristocratas da recém-formada Sociedade Geológica de Londres, que o havia rejeitado. Um outro mapa, com proporções semelhantes, foi produzido a partir de cópias do mapa de Smith, sem que nenhuma menção a ele fosse feita. Numa tentativa de autobiografia, resgatada por Winchester, Smith escreveu: "A cópia parecia um fantasma do meu velho mapa. Fui posto de lado."
A capa de O mapa que mudou o mundo se desdobra para formar uma reprodução da carta geológica da Inglaterra feita por William Smith.



Depois de cumprir a pena, vagou sem emprego fixo pelo norte da Inglaterra durante dez anos, enquanto enfrentava a doença mental de sua esposa ninfomaníaca. O reconhecimento tardio veio somente em 1831, quando um aristocrata para quem trabalhara o colocou em contato com a Sociedade Geológica de Londres, que começou a reparar seu erro histórico. Smith foi, então, honrado com medalhas e passou a receber uma pensão, oferecida pelo rei Guilherme IV.
O reconhecimento total, no entanto, foi póstumo. Somente em 1865 a Sociedade passou a publicar o nome de Smith na legenda dos mapas. Nela, lê-se: "Um mapa geológico da Inglaterra e do País de Gales, por G.B. Greenough, Esq. FRS (com base no mapa original de Wm. Smith, 1815)".



O mapa que mudou o mundo conta com 32 ilustrações, algumas coloridas; um glossário de termos geológicos e outros pouco conhecidos; e uma lista de fontes e leitura recomendada, além da capa – que se desdobra numa reprodução adaptada do mapa original, com 64 x 45 cm.

O mapa que mudou o mundo – William Smith e o nascimento da geologia moderna Simon Winchester (trad: Suyan Marcondes Orsbon) Rio de Janeiro, 2004, Editora Record Telefone: (21) 2585-2000 412 páginas – R$ 64,90

Extraído em 27/11/2008, de:


sexta-feira, 7 de novembro de 2008

A DIFICULDADE DE DIZER NÃO

O que pode criar um monstro? O que leva um rapaz de 22 anos a estragar a própria vida e a vida de outras duas jovens por… Nada?

Será que é índole? Talvez, a mídia? A influência da televisão? A situação social da violência? Traumas? Raiva contida? Deficiência social ou mental? Permissividade da sociedade? O que faz alguém achar que pode comprar armas de fogo, entrar na casa de uma família, fazer reféns, assustar e desalojar vizinhos, ocupar a polícia por mais de 100 horas e atirar em duas pessoas inocentes?

O rapaz deu a resposta: "ela não quis falar comigo". A garota disse não, não quero mais falar com você. E o garoto, dizendo que ama, não aceitou um não. Seu desejo era mais importante.

Não quero ser mais um desses psicólogos de araque que infestam os programas vespertinos de televisão, que explicam tudo de maneira muito simplista e falam descontextualizadamente sobre a vida dos outros sem serem chamados. Mas ontem, enquanto não conseguia dormir pensando nesse absurdo todo, pensei que o não da menina Eloá foi o único. Faltaram muitos outros nãos nessa história toda.

Faltou um pai e uma mãe dizerem que a filha de 12 anos NÃO podia namorar um rapaz de 19. Faltou uma outra mãe dizer que NÃO iria sucumbir ao medo e ir lá tirar o filho do tal apartamento a puxões de orelha. Faltou outros pais dizerem que NÃO iriam atender ao pedido de um policial maluco de deixar a filha voltar para o cativeiro de onde, com sorte, já tinha escapado com vida. Faltou a polícia dizer NÃO ao próprio planejamento errôneo de mandar a garota de volta pra lá. Faltou o governo dizer NÃO ao sensacionalismo da imprensa em torno do caso, que permitiu que o tal sequestrador conversasse e chorasse compulsivamente em todos os programas de TV que o procuraram. Simples assim. NÃO. Pelo jeito, a única que disse não nessa história foi punida com uma bala na cabeça.

O mundo está carente de nãos. Vejo que cada vez mais os pais e professores morrem de medo de dizer não às crianças. Mulheres ainda têm medo de dizer não aos maridos ( e alguns maridos, temem dizer não às esposas ). Pessoas têm medo de dizer não aos amigos. Noras que não conseguem dizer não às sogras, chefes que não dizem não aos subordinados, gente que não consegue dizer não aos próprios desejos. E assim são criados alguns monstros. Talvez alguns não cheguem a sequestrar pessoas. Mas têm pequenos surtos quando escutam um não, seja do guarda de trânsito, do chefe, do professor, da namorada, do gerente do banco. Essas pessoas acabam crendo que abusar é normal. E é legal.

Os pais dizem, "não posso traumatizar meu filho". E não é raro eu ver alguns tomando tapas de bebês com 1 ou 2 anos. Outros gastam o que não têm em brinquedos todos os dias e festas de aniversário faraônicas para suas crias. Sem falar nos adolescentes. Hoje em dia, é difícil ouvir alguém dizer não, você não pode bater no seu amiguinho. Não, você não vai assistir a uma novela feita para adultos. Não, você não vai fumar maconha enquanto for contra a lei. Não, você não vai passar a madrugada na rua. Não, você não vai dirigir sem carteira de habilitação. Não, você não vai beber uma cervejinha enquanto não fizer 18 anos. Não, essas pessoas não são companhias pra você. Não, hoje você não vai ganhar brinquedo ou comer salgadinho e chocolate. Não, aqui não é lugar para você ficar. Não, você não vai faltar na escola sem estar doente. Não, essa conversa não é pra você se meter. Não, com isto você não vai brincar. Não, hoje você está de castigo e não vai brincar no parque.

Crianças e adolescentes que crescem sem ouvir bons, justos e firmes NÃOS crescem sem saber que o mundo não é só deles. E aí, no primeiro não que a vida dá ( e a vida dá muitos ) surtam. Usam drogas. Compram armas. Transam sem camisinha. Batem em professores. Furam o pneu do carro do chefe. Chutam mendigos e prostitutas na rua. E daí por diante.

Não estou defendendo a volta da educação rígida e sem diálogo, pelo contrário. Acredito piamente que crianças e adolescentes tratados com um amor real, sem culpa, tranquilo e livre, conseguem perfeitamente entender uma sanção do pai ou da mãe, um tapa, um castigo, um não. Intuem que o amor dos adultos pelas crianças não é só prazer - é também responsabilidade. E quem ouve uns nãos de vez em quando também aprende a dizê-los quando é preciso. Acaba aprendendo que é importante dizer não a algumas pessoas que tentam abusar de nós de diversas maneiras, com respeito e firmeza, mesmo que sejam pessoas que nos amem.

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