Angola, um dos dois principais fornecedores de petróleo da China, pode retomar
em 2014 o título de maior produtor petrolífero africano, com o início da
exploração de novos poços e a estagnação da produção do actual líder, a
Nigéria.
Depois de ter começado o ano em baixa, devido a problemas técnicos nalgumas
plataformas, a produção petrolífera angolana está em recuperação, prevendo a
petrolífera estatal Sonangol atingir um pico de 2 milhões de barris diários em
2015.
Um relatório recente da Ecobank Research indica que o principal impulso será
dado pela entrada em produção de um novo projecto liderado pela petrolífera
francesa Total, designado CLOV, que acrescentará à produção diária entre 160 mil
barris a 200 mil barris.
“Angola pode potencialmente recuperar o lugar de principal produtor
petrolífero africano no final de 2014”, refere a actualização do relatório
“Energy, Oil and Gas.”
Mais de três anos depois do primeiro leilão de blocos no “pré-sal”, estão
prestes a ter início 8 projectos no mar, incluindo um no Bloco 15-06 que tem uma
produção diária de 80 mil barris e reservas totais estimadas em 200 milhões de
barris.
A petrolífera italiana ENI, que é o operador no consórcio de produção deste
bloco, prevê iniciar a exploração no próximo ano com a produção no quadrante
leste, que deverá acrescentar mais 49 mil barris.
A Nigéria detém o título de principal produtor, mas perdeu-o para Angola no
ano de 2009, devido a ataques de militantes a algumas unidades produtivas no
delta do Níger.
Devido a problemas de segurança na região e de forma mais vasta no Golfo da
Guiné, a produção nigeriana tem ficado sistematicamente aquém das previsões: no
ano passado, a meta era de 2,53 milhões de barris, mas rondou apenas 2,1 milhões
de barris.
Segundo a consultora BMI, a incerteza ao nível da segurança, mas também
político e legislativo, deverá levar ao adiamento de projectos de investimento
de multinacionais petrolíferas na Nigéria, impedindo o crescimento da
indústria.
“Sem a adopção da Lei da Indústria Petrolífera, podem ocorrer mais adiamentos
de projectos no mar, resultando numa estagnação na produção nigeriana”, refere a
BMI.
Esta situação contrasta com a de Angola, onde o governo mandatou nas últimas
semanas a Sonangol para avançar com uma ronda de licenciamento de 10 blocos de
petróleo em terra das bacias do Baixo Congo e Cuanza.
Em Abril, a Total e parceiros anunciaram um investimento de 16 mil milhões de
dólares no projeto Kaombo, no Bloco 32, ao largo de Luanda, que deverá arrancar
em 2017 com uma capacidade de produção de 230 mil barris diários.
A produção petrolífera angolana aumentou a uma média de 15% ao ano entre 2002
e 2008, tendo atingido 1,8 milhões de barris no ano passado, segundo o
Departamento de Energia norte-americano.
A China é o destino de grande parte dessa produção, que representa a quase
totalidade dos 32 mil milhões de dólares de bens adquiridos a Angola em 2013,
numa altura em que as trocas comerciais entre os dois países representam já mais
do dobro do registado em 2009.
Na recente conferência de imprensa que serviu para apresentar os resultados
da petrolífera em 2013, a administradora da Sonangol, Anabela Fonseca, afirmou
que a China vai “continuar a ser um grande consumidor de energia por mais algum
tempo.” (macauhub/AO/CN).
Extraído de http://www.macauhub.com.mo
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Essa é uma das novas fronteiras do petróleo mundial, é importante ficar atento para essa movimentação na costa africana em relação à demanda por mão de obra qualificada.
Saudações Geológicas
Prof. Elias Santos Junior
Manaus - Amazônia - Brasil
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