Jamile Dehaini1; Elias Vicente da Cruz Santos Júnior1,2
1Escola de Ciências Exatas e Tecnologia do UniNorte - Laureate International Universities; 2AMAZONGEO Geologia e Meio Ambiente
Atualmente,
no Estado do Amazonas, tem ocorrido uma crescente demanda por profissionais
qualificados para área do petróleo e gás, justificada pelas recentes investidas
das empresas governamentais e privadas, com promissoras descobertas. Em
contrapartida, a oferta de mão de obra qualificada no Estado para atender aos
setores produtivos da cadeia de petróleo e gás é muito tímida.
Para
atender a essa demanda foram criados nos últimos quatro anos diversos cursos de
pequena duração (seis meses) a titulo de formação pós-medio, enquanto as escolas
particulares de ensino superior têm criado cursos superiores de Tecnologia em Petróleo
e Gás e, mais recentemente, a Universidade Federal criou o curso de Engenharia
de Gás e Petróleo, todos em Manaus. No caso das instituições privadas, a
procura e ingresso no curso é surpreendente em números.
Com
a facilidade de acesso devido ao grande número de vagas e bolsas oferecidas
semestralmente em consonância com o sonho da ascensão profissional
proporcionado por esse mercado, a instituição denominada UniNorte da rede
Laureate International, com aproximadamente 1000 alunos no curso de Tecnologia
em Petróleo e Gás, tem o desafio de proporcionar um conhecimento
científico-experimental no que se refere às disciplinas de ciências da Terra,
para que durante a vida acadêmica e, posteriormente, a vida profissional seja
pautada por um bom entendimento dos principais processos que envolvem esse
mercado, ou seja, os processos de exploração, explotação e produção.
De
forma integrada os professores responsáveis pelas disciplinas de ciências da
Terra, com formação em Geologia, Geofísica e Geografia, proporcionam o conteúdo
teórico em sala de aula de forma a fixar principalmente os conceitos básicos.
O
principal diferencial do Uninorte/Laureate no ensino de Geociências tem se
refletido na realização de atividades práticas de campo, onde esses conhecimentos deixam o campo da
abstração, imaginação e observação passiva dos “slides” e se consolidam através
das aulas de campo organizadas de forma a entender: a) a importância da
observação e estudo do comportamento das rochas e suas formações; b) a
logística da aquisição do levantamento geofísico para o conhecimento das rochas
em subsuperfície; c) a importância e logística do posicionamento exato dos
estudos realizados e a forma de representação desses dados e; d) a observação
do ambiente natural e os meios envolvidos proporcionando uma visão holística e
um aprendizado das necessidades humanas dependentes desses meios.
A
partir dos principais objetivos citados, os resultados obtidos, além da
evidente motivação do corpo discente com a experiência de campo, seriam
comprovados principalmente através dos relatórios produzidos, contudo
observa-se que apesar da inquestionável contribuição que as aulas de campo
proporcionam à formação dos discentes, a produção dos relatórios é realizada de
ainda maneira evasiva, apesar de toda preparação anterior e posterior à aula de
campo.
Com
base no exposto é possível concluir que as aulas de campo funcionam como uma
ótima ferramenta no ensino-aprendizagem das Geociências na formação do
Tecnólogo em Petróleo e Gás, porem destaca-se que é preciso ampliar à formação
dos discentes, principalmente no que tange a elaboração dos relatórios técnicos
que serão exigidos quando estiverem atuando profissionalmente.
REFERENCIAS
DEHAINI, J & SANTOS JÚNIOR, E. V. DA C. Aula Prática de Campo Como Ferramenta De Ensino de Geociências Na Qualificação de Tecnólogos em Petróleo e Gás: Uma Experiência No Uninorte/Laureate, Amazonas. Anais do 46º Congresso Brasileiro de Geologia e 1º Congresso de Geologia dos Países de Língua Portuguesa. Santos, SP.2012.
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