sexta-feira, 29 de outubro de 2010

DOWNLOAD: Introdução à Ciência da Geoinformação - Gilberto Câmara

Ola pessoal, estou ausente do blog em funcao de compromissos profissionais, estamos recebendo essa semana a Comissao do MEC para reavaliacao do curso de Licenciatura em Geografia do Uninorte/Laureate, quem conhece esse processo sabe que eh deveras desgastante.

Bom, mas em respeito aqueles que passam por aqui sempre, disponibilizo um material bem interessante sobre Geoinformacao, espero que gostem.

Estou preparando um material que muitos irao gostar, trata-se do acervo completo do projeto Radar da Amazonia (Projeto Radam), estarei disponibilizando em breve!

Saudacoes Geologicas
Professor Elias Santos Junior
Manaus - Amazonas - Brasil

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

EVENTO: Rio terá congresso internacional de Geologia do Petróleo em 2011

Por ocasião da solenidade de posse da nova diretoria da Associação Brasileira de Geólogos do Petróleo (ABGP), realizada nesta quinta-feira (05/08) no Rio de Janeiro, o ex-presidente da entidade, Marcio Rocha Mello (HRT), anunciou a realização, já no próximo ano, da primeira edição de um evento internacional voltado para geologia do petróleo e inteiramente organizado pela ABGP.

Ao assumir o cargo, o novo presidente da ABGP, Paulo de Tarso Araripe (HRT), prometeu dar continuidade à gestão anterior e disse que vai estimular cada vez mais a realização de cursos de curta duração (short courses) e viagens de estudos para o campo (field trips),consideradas atividadesque servem para aproximar universidades e empresas, além de proporcionar melhor qualificação aos geólogos que atuam na indústria do petróleo.
 
Convidado para ministrar a palestra "Geologia e Desenvolvimento da Área de Petróleo no Brasil", o gerente executivo de Exploração da Petrobras, Mario Carminatti, disse que o Brasil vive momento de grande expectativa em relação aos negócios do petróleo, mas que a área de Ciência e Tecnologia está, segundo ele, bastante debilitada.

"Somos experts em turbiditos, mas estamos entrando no mundo dos carbonatos, um universo que exige profundos conhecimentos e grandes esforços em questões relacionadas à Ciência e Tecnologia. Precisamos desenvolver novas ferramentas que contribuirão para aumentar o fator de recuperação desses campos. O Brasil é carente de cientistas e o papel da ABGP é dar condições para apoiar as empresas a atingirem seus objetivos econômicos", afirmou Carminatti.
Após a solenidade de posse, a nova diretoria ficou assim constituída:
  • Presidente: Paulo de Tarso Araripe (HRT);
  • Vice Presidente: Sylvia Maria Couto Dos Anjos (Petrobras);
  • Secretário Geral: Eliane Petersohn (ANP);
  • Secretário Adjunto: Rogério Loureiro Antunes (Petrobras);
  • 1º Tesoureiro: Paulo Palagi (Petrobras);
  • 2º Tesoureiro: Norival Brisola (Petrobras);
  • 1º Editor: Pedro Victor Zalán (Petrobras);
  • 2º Editor: Igor Marzano (HRT);
  • Relações Exteriores: Antonio Luís Tisi (Petra Energia);
  • Comissão de Ética: Didier Wloszczowskski (Repsol), Rosemary Lemos (Anadarko), Adali Ricardo Spadini (Petrobras), Rogério Schiffer (Petrobras) e Sandro Rosito Mércio (Shell).
Fonte: Redação Geofísica Brasil leia mais aqui
 

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

NOTICIA: Amazonas tem quatro deslizamentos em duas semanas; cinco continuam desaparecidos

Helicóptero sobrevoa área do acidente - Foto: Reprodução/TV Amazonas. In: PortalAmazonia.com
Guilherme Balza
Do UOL Notícias*
Em São Paulo

Pelo menos quatro deslizamentos de terra atingiram trechos localizados nas margens dos rios Negro e Solimões, no Amazonas, nas últimas duas semanas. Os deslizes ocorreram em Manaus, Manacapuru, Iranduba e São Paulo de Olivença. Cinco pessoas estão desaparecidas --entre elas, três crianças.

O último deslizamento aconteceu em Manacapuru (a 80 km de Manaus), no bairro Terra Preta, às 5h desta terça-feira (19). Duas casas --uma delas flutuante-- foram atingidas. Três irmãos estão desaparecidos: Beatriz da Silva Leite, 10; Zilvana da Silva Leite, 5; e Anderson da Silva Leite, 1, segundo informações do Corpo de Bombeiros.

Além dos bombeiros de Manacapuru, 20 homens do batalhão de Manaus e três da Força Nacional, além de um cão farejador, estão ajudando nas buscas às crianças. Outras duas casas correm o risco de desabar.
Porto Chibatão
Nesse domingo (17), um deslizamento atingiu o porto Chibatão, em Manaus, e causou o afundamento de mais de 60 contêineres e 40 baús de carga nas margens do rio Negro, de acordo com o Corpo de Bombeiros. Silvio Barbosa, 31, e Pedro Paulo da Silva, 63, que trabalhavam no porto --que é de propriedade particular-- estão desaparecidos.

O acidente ocorreu em uma área equivalente a dez campos de futebol, onde estava sendo feita uma obra de terraplanagem. Pelo menos 95 bombeiros trabalham nas buscas --85 homens em terra e 10 mergulhadores, apoiados por três lanchas e uma balsa com retroescavadeira.

As equipes também trabalham para retirar os equipamentos submersos, além de cobrir a área com sacos plásticos para evitar que as carretas localizadas às margens possam ser atingidas por novos deslizamentos.

O Geólogo Antonio Gilmar Honorato, do Serviço Geológico Nacional em Manaus, afirmou que há uma espécie de “caminho d’água” que passa embaixo da porção de terra que deslizou. “É possível que esse caminho d’água tenha causado uma ruptura, e o muro de contenção não tenha resistido à carga”, diz. De acordo com ele, não é possível dizer se havia alguma irregularidade na obra de terraplanagem.

Até o momento, a Defesa Civil não divulgou as causas do deslizamento e os impactos ambientais causados na região. A Polícia Civil iniciará uma perícia nos próximos dias. Também não há uma estimativa do prejuízo causado.

O porto Chibatão é o maior complexo portuário privado do Amazonas e está localizado à margem esquerda do rio Negro, com uma área de 217 mil metros quadrados.
Os equipamentos que afundaram carregavam insumos para o comércio e polo industrial de Manaus. De acordo com os bombeiros, não houve derramamento de produtos químicos no rio.
Outros deslizamentos
Ontem, um outro deslizamento atingiu o município de Iranduba (a 22 km de Manaus), que fica na margem direita do rio Negro. Segundo o Corpo de Bombeiros, não houve vítimas e danos materiais.
Há duas semanas, em São Paulo de Olivença (a 955 km de Manaus), 25 casas foram totalmente destruídas e 39 ficaram danificadas por deslizamentos de terra provocados pelo baixo nível do rio Solimões.
“Terras caídas”
Segundo o Geólogo Antonio Gilmar Honorato, os deslizamentos --com exceção do ocorrido em Manaus-- foram provocados por um fenômeno conhecido como “terras caídas”, comum na região Amazônica durante o período de estiagem (entre maio e outubro). “O rio vai provocando seguidas erosões nas margens e, quando o nível da água diminui, as encostas ficam expostas. Como não há mais a água para segurar [as encostas], a terra desliza”, explica.

O Sismólogo Marcelo Assunção, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP (Universidade de São Paulo), descarta a hipótese de que tremores na região ou reflexos de sismos ocorridos nos Andes tenham influenciado nos deslizamentos. “Não temos notícias de tremores de terra na Amazônia, e os terremotos na região Andina não causam impacto em eventos como esses”, diz.

*Com informações da Agência Estado
Noticia enviada por e-mail pelo colega Geólogo Gilmar Honorato em 20/10/2010
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Comentário:
Nos últimos dias temos visto vários incidentes relacionados a deslizamentos no Amazonas, rapidamente os experts dizem que isso seria causado pelo aquecimento global! Partindo desse raciocínio "terra caída" deveria ser um fenômeno recente, porem existem relatos desde o século XIX no mínimo.

As "Terras Caídas" fazem parte da evolução natural do curso dos rios na Amazônia, e independem da ação humana, porem a partir do momento em que populações vão habitar em áreas susceptíveis a ocorrência desses deslizamentos me parece obvio que o numero de vitimas ira aumentar.

O que me faz pensar que o Amazonas tem um planejamento extremamente precário no que tange a ocupação das encostas e margens dos rios, tendo em vista que todo ano temos esse tipo de desastres sem que providencias sejam tomadas.

Quanto ao Porto Chibatao, concordo plenamente com a posição do Gilmar quando diz que o acidente não tem relação com 'terras caídas' e vou mais alem, cabe ao Ministério Publico apurar se houve negligencia no projeto, execução e operação do Porto. Não podemos mais admitir que obras sejam efetuadas sem respeitar as condições de uso e ocupação do solo.

Gostaria de finalizar agradecendo aos leitores portugueses, fico muito feliz de saber que o blog tem sido acompanhado diariamente pelos irmaos de Portugal.

Geólogo Elias Santos Junior

terça-feira, 19 de outubro de 2010

DESLIZAMENTO DO PORTO EM MANAUS - FENOMENO NATURAL OU DESCASO?


Essa semana ocorreu em Manaus o deslizamento no pátio do maior porto de carga e descarga da cidade, agora se discute quais as causas do acidente.
 
Chegou-se a cogitar que fosse causado pelo Fenômeno das “terras caídas” muito comum nas margens do Rio Amazonas.

Em 1999 tivemos um desastre semelhante nas proximidades, destaca-se que a orla fluvial de Manaus, banhada pelo Rio Negro que após sua desembocadura passa a formar o Rio Amazonas não temos terras caídas, fenômeno natural em que as margens solapam, na realidade estes deslizamentos são fruto da ocupação inadequada dos terrenos, como já apresentado em inúmeros trabalhos desenvolvidos neste trecho do Rio Negro.

Porem parece-me mais fácil culpar a natureza do que responsabilizar os autores do projeto, os executores e licenciadores.

Algumas coisas ficam evidentes em minha opinião, primeiramente percebe-se que a infraestrutura de atendimento em situações emergenciais ainda e precária, e isso tem que ser resolvido rápido tendo em vista que Manaus e a metrópole da Amazônia e recebera partidas da Copa 2014 de Futebol e que, pelo que tudo indica houve erro no projeto de construção do porto, e mesmo assim houve o licenciamento por parte dos órgãos responsáveis.

Esperamos que eventos como esses sejam evitados, e que principalmente exista a assistências as famílias dos funcionários.

Professor Elias Santos Junior
Manaus – Amazonas - Brasil
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Outros links relacionados ao tema:


sábado, 16 de outubro de 2010

ARTIGO: ANÁLISE GEOGRÁFICA DAS ÁREAS DE RISCO EM MANAUS (AMAZONAS, BRASIL)

 Imagem aerea de Manaus - Fonte

Ola colegas que acompanham o blog, estava navegando pela rede e encontrei o artigo abaixo que trata da ANÁLISE GEOGRÁFICA DAS ÁREAS DE RISCO EM MANAUS (AMAZONAS, BRASIL), esse artigo e de autoria de Karla Regina Mendes Cassiano & Reinaldo Corrêa Costa do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, a quem agradeco por citarem minha dissertação de mestrado como uma das fontes consultadas.

Saudaçoes Geológicas
Professor Elias Santos Júnior
Manaus  - Amazonas - Brasil
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Resumo:
ANÁLISE GEOGRÁFICA DAS ÁREAS DE RISCO EM MANAUS (AMAZONAS, BRASIL)
Autores: Karla Regina Mendes Cassiano & Reinaldo Corrêa Costa


Introdução
A  pouca  importância  com  a  ecodinâmica  dos  espaços  herdados  da  natureza impactando o cotidiano (história em movimento) urbano contribui para a formação de áreas vulneráveis, ou seja, áreas de  risco que comprometem o cotidiano da cidade e dos citadinos (principalmente na época das chuvas) e já causaram eventos fatais. Este fato  pode  ser  observado  em  Manaus  (Amazonas,  Brasil),  onde  os  espaços  para  a
construção  de  habitações  são  apropriados  pelas  classes  sociais  com  maior  poder aquisitivo,  enquanto  os  pobres  (com  menor  poder  aquisitivo)  ocupam  as  margens alagáveis de igarapés (pequenos cursos fluviais) e encostas susceptíveis aos processos erosivos. 
 
O sítio geomorfológico de Manaus está localizado à margem esquerda do Rio Negro próximo  à  confluência  com  o  Rio  Amazonas  sobre  terrenos  datados  do Terciário/Quaternário, onde está a  formação Altér do Chão. A geomorfologia do sítio de Manaus  influencia, pela  sua constituição, os espaços ocupados por classes  sociais diferentes cujo custo da construção é  influenciado pela dinâmica  topográfica e pelas bacias  hidrográficas  urbanas,  assim  como  pela  susceptibilidade  à  especulação imobiliária  para  diversos  fins.  

Essa  geomorfologia mostra  as  áreas mais  propensas  a acidentes  e  danos  e  quais  estão  em  tipos  geomorfológicos  “seguros”  (geralmente tabuleiros bem drenados), em fim quais os espaços que receberam  infra-estrutura no sítio urbano. 
 
Deste modo, o presente  trabalho  traz uma análise  das áreas de  risco em Manaus utilizando os procedimentos de Geossistema e Formação Sócioespacial, ambos como teoria e como método, pois é a partir do encontro entre esses dois paradigmas que se tem  uma  visão  integrada  entre  Geografia  Física  e  Geografia  Humana  como  relação interativa  natureza-sociedade,  pensar  o  risco  como  elemento  da  dinâmica geomorfológica e social para construção de cartas de análise e grau de risco com fins de  planejamento  e  zoneamento  aliada  à  dinâmica  social  e  suas  contradições  em específicas unidades espaciais de análise.

Publicado em:
VI Seminário Latino-Americano de Geografia Física
II Seminário Ibero-Americano de Geografia Física
Universidade de Coimbra, Maio de 2010 

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

NOTICIA: Lula recebe novo marco regulatório da mineração

BRASÍLIA - Está nas mãos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a proposta do novo marco regulatório do setor de mineração. Elaborado pelo Ministério das Minas e Energia, o texto agradou às mineradoras ao não incluir aumento dos royalties (compensações financeiras).

A pauta será enviada ao Congresso Nacional depois do segundo turno das eleições presidenciais, segundo o ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, que entregou o material sexta-feira. "É importante que o próximo governo participe dessa discussão, porque ele é que vai defender", disse o ministro, segundo sua assessoria, ao se referir às negociações pela aprovação do projeto no Legislativo. Segundo o ministro, a mudança nos royalties está incluída em uma discussão à parte, com o Ministério da Fazenda. Há um consenso no governo de que a alíquota cobrada no Brasil é baixa em relação a outros grandes produtores, como a Austrália. Mas os empresários afirmam que a carga tributária do País é elevada e não comporta acréscimos.

O novo marco regulatório da mineração será dividido em três projetos de lei. O primeiro transforma o Departamento Nacional de Produção Mineral em uma agência reguladora, a Agência Nacional de Mineração (ANM).

Outro projeto estabelecerá o novo Código de Mineração, que inovará com prazos para que as empresas que receberem outorgas de jazidas concluam as pesquisas e comecem a produção. O terceiro tratará da carga tributária do setor, a ser ainda discutido com a Fazenda.

Fonte: http://www.dci.com.br/noticia.asp?id_editoria=5&id_noticia=345967 acesso em 14/10/2010
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Comentario:
Esta na hora disso ser discutido amplamente, muitas empresas passam anos fazendo apenas especulacao mineral onerando areas e impedindo o desenvolvimento das atividades.

DOWNLOAD: Livro Geomorfologia - Valter Casseti

Ola colegas, disponibilizo abaixo o link para download do livro Geomorfologia do Professor Valter Casseti.


Professor Elias Santos Junior
Manaus - Amazonas - Brasil
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Apresentação
“No domínio da matéria, nada é criado do nada e na vida não existe a geração espontânea: também, no domínio da mente não há idéia cuja existência não se deva a idéias antecedentes, numa relação semelhante a pai e filho. Assim, nossos processos mentais, ao serem conduzidos, em sua maior parte ao exterior da consciência, será difícil descobrir a linhagem das idéias...” G.K. Gilbert, 1895 in The Origin of Hypotheses) 

O relevo terrestre assume expressão como recurso ou suporte da vida, “palco do desenvolver da história'' no dizer de Emmanuel De Martonne (1964). Caracteriza-se como potencial natural, que ao ser apropriado pelo homem, adquire significado ideológi­co, tanto pelo caráter geopolítico, como pela condição “externalizada'' na abordagem positivista.

Sun Tzu, há mais de 2.500 anos, quando escreveu A Arte da Guerra , destinou capítulo específico sobre “terreno'', atribuindo ao relevo, importância estratégica fundamental: ”a formação natural da região é o melhor aliado do soldado (...); se você conhece o inimigo e a si mesmo, sua vitória não será posta em dúvida; se você conhece o céu e a terra, pode torná-la completa''. Também Jean Tricart, em L'evolution des Versants (1957), ressalta o significado das pesquisas sobre os aplaina­mentos durante as duas grandes guerras mundiais, dada a importância do relevo enquanto estratégia bélica. No caso específico os aplainamentos assumiam importância para a construção de campos de pouso.

O conceito medieval de “relevo” contempla a noção de “acidente'', no sentido de ”revanche'' da natureza, considerando as conseqüências de uma apropriação destituída e medidas mitigadoras quanto a eventuais impactos, enquanto a noção de “altimetria'' refere-se ao critério de demarcação das fronteiras territoriais (Moreira,1994). Faz-se aqui a necessária ressalva de que mesmo a “superfície relativamente plana”, excluída da noção de relevo na concepção popular, é uma forma que representa determinado compartimento.

O relevo no contexto ideológico da natureza pode constituir argumento ou substrato do “evento do azar'' ao separar seus processos intrínsecos em relação às atividades humanas, justificando a ocorrência dos desastres como ”ato de Deus''. Da mesma forma, quando os “acidentes naturais'', numa lógica malthusiana, são vistos como argumento de triagem ou controle populacional ”positivo'', desconsi­dera-se a apropriação diferencial, a exemplo da ocupação de “áreas de risco'', diretamente relacionada às condições socioeconômicas.

A preocupação com as relações processuais responsáveis pela evolução do relevo cada vez mais ganha destaque ao se constituir em importante subsídio ao ordenamento territorial, comprovado através de estudos relativos aos “riscos urbanos'' ou de natureza “geoambiental''. Neste sentido destacam-se os trabalhos relacionados às formações superficiais1, que inserem a geomorfologia num contexto multidisciplinar, “aumentando sua crescente tendência para se colocar mais próxima às ‘ciências ambientais', das quais eventualmente se afastou” (Barbosa, 1983).

Para se entender o relevo na atualidade é imprescindível compreender o seu processo evolutivo em seus diferentes momentos epistemológicos, que contribuíram para a sistematização do conhecimento geomorfológico.

Na presente abordagem o relevo é entendido como resultado das forças antagôni­cas, sintetizadas pelas atividades tectônicas e estruturais, e mecanismos morfoclimáticos ao longo do tempo geológico, observando que “cada momento do relevo constitui um fim em si'' (Cholley, 1950).
Com este trabalho pretende-se oferecer alguns subsídios introdutórios de geomorfologia, procurando destacar as relações processuais como fatores intrínsecos à elaboração do relevo.

Na introdução, considera-se a natureza da geomorfologia e sua relação com a geografia, onde academicamente se alojou ao longo do tempo. Apresenta-se uma síntese evolutiva com respectivos sistemas de referência. Os três capítulos seguintes constituem o núcleo estrutural da geomorfologia, levando em conta os níveis de abordagem propostos por Ab´Sáber (1969): a compartimentação topográfica, a estrutura superficial e a fisiologia da paisagem. Os demais capítulos – Cartografia geomorfológica, Subsídios da geomorfologia ao estudo integrado da paisagem e A pesquisa geomorfológica - têm por objetivo evidenciar alguns recursos ou aplicações voltadas ao ordenamento espacial, como estudo da paisagem. Assim, apresentam-se considerações sobre a cartografia geomorfológica, os subsídios da geomorfologia para o estudo integrado da paisagem e a pesquisa geomorfológica, numa perspectiva que tenha por princípio a teoria, o método e a práxis.

Os três primeiros capítulos resgatam parcialmente conteúdos dos livros do autor, Elementos de Geomorfologia e Ambiente e Apropriação do Relevo, o que implicou revisão, supressão e incorporação de conhecimentos.

OBJETIVO DO LIVRO: 1. oferecer um ordenamento metodológico ao estudo geomorfológico, considerando os níveis de abordagem sistematizados por Ab'Sáber (1969);


sexta-feira, 8 de outubro de 2010

MESTRADO: UFAM abre inscricao para Pós-Graduação em Geociências

Ola, depois de um bom tempo estou de volta, ainda estou devendo o post sobre a Expedicao Ajuricaba e 45 Congresso Brasileiro de Geologia.

Porem hoje usaremos o espaco para divulgar o Mestrado em Geociencias da Universidade Federal do Amazonas - Ufam.

Em breve teremos novidades,
Saudacoes Geologicas

Professor Elias Santos Junior
 Manaus - Amazonas - Brasil

Programa de Pós-Graduação em Geociências 
  • Nível: Mestrado 
  • Inscrições: 19 de Outubro a 30 de Novembro de 2010          
  • Edital Completo (clique aqui)
  • Ficha de Inscrição (clique aqui)
  • Carta de Recomendação (clique aqui)

O que é Coaching - Por Elias Santos Junior - Geólogo, Professor e Self-empowerment Coach

Coaching [1]   é uma palavra em inglês que indica uma atividade de formação pessoal em que um instrutor ( coach ) ajuda o seu cliente ( coa...