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Diretor de Avatar, James Cameron, faz a dança do Boi de Parintins, em encerramento do Fórum Internacional de Sustentabilidade, e compara índios brasileiros aos Na'vi
Simone Blanes
Convidado a participar do Fórum Internacional de Sustentabilidade de Manaus, que aconteceu nos dias 26 e 27, na capital amazonense., o cineasta James Cameron, diretor de Avatar, quis conhecer a fundo a cultura e os problemas da região (imagino o quão fundo se pode ir em algumas horas na amazonia*). Depois de acompanhar o encontro e assistir a uma apresentação do Boi de Parintins, no Teatro Amazonas, no sábado 27, Cameron aproveitou o domingo 28, para percorrer de barco 100 quilômetros do rio Xingu.
No mesmo dia, embarcou num helicóptero e sobrevoou um trecho da floresta. Em sua participação no Fórum, o cineasta traçou um paralelo da situação dos índios brasileiros com os Na’Vi, que batalham pela preservação da lua Pandora em Avatar. “Em vez de fantasia, como no filme, está acontecendo de verdade. Não são os Na’Vi, mas eles (os índios) estão passando por problemas. No filme, existem os defensores dos Na’Vi.
No mundo real, vamos precisar de homens e mulheres corajosos”, disse. Cameron também implorou ao presidente Lula que reconsidere a decisão pela construção da usina hidrelétrica de Belo Monte (no Pará) e alertou que a tragédia do Haiti será pouco diante do que pode acontecer com a humanidade no futuro. Para explicar a urgência nas ações para salvar o planeta, o cineasta usou uma cena de seu filme Titanic. “Desde o momento em que o iceberg é avistado até o momento do impacto foram 90 segundos. Será que não estamos vivendo simbolicamente estes 90 segundos?”, disse.
O evento contou também com a presença de Al Gore, ex-vicepresidente dos Estados Unidos e Prêmio Nobel da Paz por seu trabalho no filme e documentário Uma Verdade Inconveniente. Em seu discurso, ele defendeu parcerias que tragam benefícios para a região. “Hoje a preservação requer debates e conhecimentos compartilhados. É preciso um acordo global não só para preservar a Amazônia mas para as outras florestas do planeta.”
*grifo do professor.
_______________________ Comentário:
Bom apesar das visitas ilustres, aqui na cidade de Manaus a repercussão deste evento foi pífia, talvez porque estejamos cansados desses profetas que vem de fora nos dizer o que devemos fazer, sem nunca mostrar por que não o fizeram nos seus países de origem, se não estou enganado o Al Gore foi vicepresidente dos EUA, não sabia que ele era ambientalista? Muitos não sabiam ate o lançamento do “Uma Verdade Inconveniente”.
Quanto ao Cameron, ele não precisa comparar os Na’Vi, com o futuro e presente dos nossos indígenas, isso na realidade acontece desde o ano 1500 no Brasil, e nas Américas desde a chegada dos “civilizados”, em outras palavras, é filme reprisado.
A pergunta que faço agora é: Como ficaremos nós amazônidas agora que nossos defensores se foram?
So me resta ouvi a toada do Boi Garantido "Lamento de Raça" de autoria de Emerson Maia, na voz de Davi Assayag.
E pra levantar o astral gosto de ouvir "Saga de um canoeiro" de Ronaldo Barbosa na voz de Arlindo Junior.
Professor Elias Santos Junior
Geologo, apaixonado pela Amazonia...
Brasil
2 comentários:
É professor, seu comentário tem fundamento, pois James Cameron é Americano e como todo estrangeiro está de olho em nossa Amazônia ficamos com uma interrogação quando ele fala em sua entrevista sobre "parceira, acordo global não só para a amazônia mas para outras florestas" em relação a preservação!. Será que eles só querem mesmo preservar??
Acho mais estranho falarem de preservacao da Amazonia e nao ouvir nenhum deles falando de recuperacao das areas que degradaram em seus proprios territorios, sempre digo que as pessoas acham as questoes ambientais importantissimas, desde que seja na casa dos outros.
Abracos Renato
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