Para o quinquênio 2011-2015, a Petrobras prevê investimentos de R$ 5,7 bilhões, segundo plano de negócios
Segundo o plano de negócios da Petrobras para o quinquênio
2011-2015, a empresa prevê investimentos de US$ 3,2 bilhões (R$ 5,7
bilhões)
(Clóvis Miranda)
Petróleo
não é um mercado para amadores. Nem para quem tem pouco dinheiro no
banco. Por isso as cifras envolvidas estão sempre nas casas dos bilhões
de reais. Mas como as principais companhias do setor com atuação no
Amazonas vão investir? De acordo com levantamento feito junto às
principais operadoras do segmento, até 2015, pelo menos R$ 6,9 bilhões
serão injetados no Estado.
Segundo o
plano de negócios da Petrobras para o quinquênio 2011-2015, a empresa
prevê investimentos de US$ 3,2 bilhões (R$ 5,7 bilhões). Desse total,
US$ 900 milhões serão destinados à pesquisa de novos campos
exploratórios, US$ 1,6 bilhão para desenvolvimento e produção e US$ 700
milhões para infra-estrutura e suporte. As atividades se concentram na
Bacia do Solimões, onde a companhia tem quatro concessões exploratórias
e sete contratos de áreas em desenvolvimento da produção nos municípios
de Coari, Tefé e Carauari, além das obras de modernização da Refinaria
de Manaus (Remam).
Na Bacia
Sedimentar do Amazonas, a Petrobras tem três concessões exploratórias e
dois contratos de áreas em desenvolvimento da produção. Essas atividades
estão sendo desenvolvidas nos municípios de Rio Preto da Eva,
Itacoatiara, Silves, São Sebastião do Uatumã, Itapiranga e Urucurituba.
Entre
dezembro de 2011 e março de 2012, a Petrobras anunciou a descoberta de
dois poços que estão sendo encarados como os precursores de um polo de
exploração petrolífero no Amazonas. O poço Igarapé Chibata I e Leste de
Chibata, localizados na região de Tefé (a 523 quilômetros de Manaus),
apresentaram vazões acima da média (2,5 mil e 1,4 mil barris diários)
dos poços encontrados em Urucu. O petróleo extraído também é considerado
pelos especialistas como de altíssima qualidade.
Estratégia
Apesar
dos investimentos, uma das obras mais aguardadas da região vai ter de
esperar. O gasoduto Juruá-Urucu, que inteligaria o campo Juruá (Carauari
e Tefé) ao polo de Coari, e de lá até Manaus, está com suas obras
suspensas, apesar de o licenciamento ambiental já ter sido liberado
desde o ano passado.
Questionada
sobre a obra, a companhia informou que “os estudos para desenvolvimento
do campo de Juruá estão em estágio avançado, porém ainda não há mercado
consumidor para o gás proveniente desse campo. Por outro lado, o campo
de Araracanga, que era parte integrante do desenvolvimento de Juruá,
terá suas obras iniciadas ainda em 2012”.
Além
dos investimentos em exploração e produção, a Petrobras também avalia a
possibilidade de implantar um complexo gás-químico no Amazonas, mas
esses investimentos não deverão ser feitos no curto prazo. Os estudos,
porém, deverão ser finalizados ainda este ano. De acordo com a
assessoria de imprensa da companhia, “A Petrobras vem conduzindo estudos
de algumas oportunidades de negócios em gás-química objetivando avaliar
a viabilidade técnica, econômica e ambiental do aproveitamento do gás
natural produzido no Amazonas”.
Adversidades no caminho
Os
resultados tímidos colocaram a HRT em uma situação complicada, mas o
CEO da companhia, Márcio Mello, tranquiliza os investidores. “Companhias
pré-operacionais são investimentos de alto risco e estão sujeitas à
volatilidade do mercado. No entanto, a HRT tem sólida posição financeira
para executar o seu programa na Bacia do Solimões”.
Para
os próximos dois anos, a companhia pretende investir até R$ 923 milhões
na campanha exploratória do Solimões. A estimativa é de que a companhia
gere 2.450 empregos diretos e indiretos nos municípios de Carauari,
Coari e Tefé.
O acordo com a TNK-BP
impôs ainda mais pressão sobre a empresa. Para receber o dinheiro, a
companhia terá de cumprir cinco metas, entre elas, “monetizar” (fechar
contratos de compra e venda) o gás que sequer foi encontrado. Para
complicar ainda mais a situação da empresa, ainda não está claro para os
investidores qual será a estratégia de escoamento do óleo e do gás que,
espera-se, a companhia venha a encontrar. Entre as alternativas
apresentadas pela companhia estão a construção de um gasoduto até o rio
Solimões e posterior transporte por balsas ou a construção de um
gasoduto direto para Porto Velho, em Rondônia.
HRT mostra suas armas
Caçula
no mercado de gás e petróleo na Amazônia, a HRT Oil & Gas foi
buscar na europa o capital necessário para continuar sua campanha
exploratória na Bacia Sedimentar do Solimões. A HRT é uma companhia
fundada pelo geólogo Márcio Rocha Mello, ex-funcionário da Petrobras.
Aliás, é da Petrobras e da Agência Nacional de Petróleo (ANP) que vem a
maior parte do corpo executivo da companhia. A empresa foi fundada em
2008 e em 2009, adquiriu 51% dos direitos de exploração de 21 blocos do
Amazonas. Além deles, a companhia também tem blocos na Namíbia, na
costa africana.
Em 2011, a HRT
iniciou sua campanha exploratória na Bacia do Solimões. Todos os poços
foram perfurados nos municípios de Carauari, Coari e Tefé, até agora, as
mais propensas a produzirem óleo e gás.
No
final do ano passado, a companhia vendeu 45% de sua participação nos
blocos do Solimões para a empresa anglo-russa TNK-BP por US$ 1 bilhão.
Atualmente,
sete poços já foram perfurados ou estão em processo de perfuração. Os
resultados, porém, não foram exatamente o que os executivos da companhia
esperavam. Dois poços perfurados pela companhia encontraram gás
natural, mas a vazão não foi revelada. Em outro poço, a companhia
encontrou óleo e gás, mas a vazão também não foi informada. Em janeiro
deste ano, a companhia anunciou a descoberta de um poço com vazão de 300
barris diários, muito abaixo dos 2,5 mil do poço Igarapé Chibata I, da
Petrobras.
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Ótimas noticias para o Estado do Amazonas e para as categorias profissionais envolvidas nesse processo...
Saudações Geológicas
Prof. Elias Santos Junior
Manaus - Amazonas - Brasil
2 comentários:
Olá professor,
Gostaria de saber sua opinião sobre a namíbia, se é análogo a Bacia do solimões, a HRT corre o risco de achar somente gás como tem achado por aqui?
Ola Cecilia, eu nao disponho dessas informações ainda sobre a Namibia, mas espero que a HRT obtenha melhores resultados do que tem obtido até agora no Amazonas!
Agradeço seu contato e saudações geológicas
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