Ola colegas estamos comemorando mais um dia do Geólogo, busquemos nessa data, muito mais do que confraternizar, à base de churrasco e cerveja, realizar uma reflexão sobre os rumos da nossa ciência.
É hora de revermos conceitos, de buscarmos novos horizontes, de divulgar mais nossas realizações.
Reproduzo entrevista do presidente da Federação Brasileira de Geólogos, Nivaldo Bósio para o CONFEA
http://www.confea.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=8033&sid=10&pai=8
"Geologia na base de muitas atividades"
Brasília, 25 de maio de 2009
A geologia, uma das sete profissões normatizadas e fiscalizadas pelo Sistema Confea/Crea, apresenta-se, cada vez mais, como um dos motores da economia brasileira. Entretanto, o número de geólogos existentes no Brasil não é suficiente para cobrir a demanda das atividades econômicas.
O presidente da Federação Brasileira de Geólogos, Nivaldo Bósio, analisa a situação.
E-Confea – A balança comercial brasileira é impulsionada fortemente pelo minério de ferro. Esse é um bom exemplo para mostrar a importância da geologia para o país?
Nivaldo Bósio – Apesar de poucas pessoas perceberem, quase tudo que nos rodeia depende da geologia. Em uma casa, por exemplo, o cimento necessita do calcário; as telhas, da argila; temos também a areia. Se pensarmos nos plásticos, eles vêm, em grande maioria, do petróleo. O vidro, da sílica. Na agricultura, quando se utiliza a técnica da calagem, usamos a cal. Na escavação do metrô, é preciso conhecer as rochas. Então, a geologia está na base de uma série de atividades extremamente necessárias a todos os cidadãos. Pena que até mesmo o governo não percebe isso.
E-Confea – Os cursos de geologia são relativamente recentes. Como o senhor avalia a formação e a atuação dos geólogos?
Nivaldo – Realmente, são cursos recentes. O primeiro foi criado em 1957. Atualmente, são 24 instituições de ensino que estão aptas a formarem geólogos. Mas percebemos um déficit de profissionais. No Brasil, temos apenas 10 mil geólogos. Falta divulgação dos cursos. O resultado disso é um mapeamento geológico insuficiente em todo o território nacional.
E-Confea – O governo poderia estimular um resgate da atividade?
Nivaldo – Sim. Mas o governo deveria dar mais atenção. O Ministério de Minas e Energia, atualmente, é muito mais de energia do que de minas. Tanto o Ministério quanto o Departamento Nacional de Pesquisa Mineral (DNPM) passaram muito tempo com poucos profissionais. Recentemente houve um concurso e há, agora, um esforço para o lançamento de um novo edital.
E-Confea – Como está a interface entre a geologia e as engenharias no Brasil?
Nivaldo – Ela caminha, mas ainda é lenta. Se fosse maior, muitos gastos, como a recuperação constante de estradas, por exemplo, seriam evitados. Sem falar nas tragédias. Entretanto, temos bons exemplos de interface, como no caso da descoberta do petróleo na camada pré-sal. Nesse campo, a geologia e a engenharia atuaram com perfeição, mostrando a capacidade dos nossos profissionais.
E-Confea – Qual a sua avaliação sobre o desenvolvimento das tecnologias de geologia no Brasil?
Nivaldo – O geólogo brasileiro precisa ser criativo. Digo isso porque o Brasil, por ser um país tropical, recebe muitas chuvas, além de ter um solo bastante espesso. O intemperismo aqui é intenso, o que torna mais complexa a análise geológica. Portanto, a metodologia aqui deve ser diferente da utilizada no Hemisfério Norte. O exemplo do pré-sal serve, mais uma vez, para mostrar como produzimos conhecimento no país.
E-Confea – Qual foi o impacto da crise econômica na profissão?
Nivaldo – Até 2008, o mercado de trabalho foi bom para a geologia. A crise na economia arrefeceu a atividade mineradora, mas agora, grandes empresas começam a retomar seus investimentos e a tendência é de crescimento da produção, ainda em 2009.
Thiago Tibúrcio Assessoria de Comunicação do Confea
2 comentários:
pois brindemos à geologia e o slogan em cima assenta perfeitamente à nossa ciência ;)
Parabéns Mestre pelo seu dia!!!
=)thanks
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